A Medalha Gilson Carvalho foi entregue ao secretário executivo de Saúde da Paraíba, Daniel Beltrammi, representando o esforço coletivo da gestão estadual neste tempo de pandemia.
O tema do seminário para este ano foi “Desafios e perspectivas na saúde dos municípios na Paraíba: cobertura vacinal e financiamento”. Os temas promovem a qualificação da gestão do SUS na Paraíba e incentivam as discussões técnicas sobre os avanços e desafios das políticas de saúde, com a integração do Estado e municípios. Para 2022, o objetivo é melhorar a comunicação de cirurgias eletivas e o módulo de regulação referente à covid-19.
Na ocasião, foi destacado o desempenho da Paraíba na gestão de saúde durante toda a pandemia, que serviu de exemplo para outros estados. A presidente do Cosems, Soraya Galdino, lembrou que este foi o primeiro evento presencial do Conselho após o início da pandemia. “É muito bom poder contar com a presença de todos os gestores para participar desta discussão tão atual. Abordar assuntos tão importantes de forma técnica entre o Estado e os municípios tem sido uma prática recorrente que trouxe excelentes frutos”, disse.
Em sua fala, o secretário executivo de Saúde, Daniel Beltrammi, reafirmou o compromisso do SUS e lembrou que saúde pública precisa ser feita de forma integrada. “Para nós, receber essa medalha é um sinal muito significativo do trabalho realizado em conjunto entre o SUS nos municípios e no Estado. Somente assim conseguimos continuar melhorando para cuidar da primeira prioridade que é defender a vida”, declarou. Ele finalizou exaltando as boas práticas de gestão adotadas durante este ano. “Nossas práticas foram consolidadas e têm servido de base para todo o sistema. O IPEA reconheceu que a Paraíba entregou uma política de saúde justa. Fizemos tão bem ou melhor que estados maiores”, comemorou.
Sobre vacinação, a chefe do Núcleo de Imunizações da SES, Isiane Queiroga, falou sobre as baixas coberturas nas vacinas de rotina e os riscos que essa brecha representa para a saúde da população. “A falta de homogeneidade na cobertura vacinal pode acarretar na reintrodução de agravos. Para ser considerada homogênea, a cobertura mínima precisa ser de 70% da população alvo”, observou. Ela lembra que as vacinas seguem sendo ofertadas sem atrasos e que a população precisa ser orientada a manter o calendário vacinal em dia.
Isiane Queiroga destaca que é preciso trabalhar em conjunto com os gestores municipais para atingir a cobertura ideal. “A vacina contra covid-19 é outro ponto importante, pois algumas localidades estão abaixo da meta de imunização. Precisamos identificar as fragilidades de cada município para correr atrás de estratégias que ajudem a melhorar esses índices”, concluiu.
Participaram ainda o gerente de Gestão e Planejamento da SES, Marcelo Mandu, que abordou a gestão dos fundos municipais, tratando sobre a criação, utilização e prestação de contas do fundo e a importância de que os gestores de saúde municipais terem controle sobre ele. O diretor da Escola de Saúde Pública da Paraíba, Felipe Proenço, contribuiu com uma fala sobre o inquérito epidemiológico que atualmente está sendo realizado nas instituições de ensino de todo estado.