Uma denúncia grave envolvendo suposta negligência de profissionais e dirigentes da maternidade Cândida Vargas viralizou na internet nesta terça-feira (16). De acordo com a denunciante, sua sobrinha, chamada Joelma Moura Rodrigues, está há uma semana na maternidade com o bebê morto dentro do útero e nada é feito para resolver a situação.

“Ela não tem passagem para ter a criança normal e eu queria que por favor vocês fossem lá no hospital para ver se eles fazem alguma coisa porque não querem operar a menina”, disse.

Luci pede ajuda às autoridades pois teme que a sobrinha possa morrer.

“Vamos fazer alguma coisa. Já morreram duas criancinhas e corre o risco de minha sobrinha morrer e eles não estão nem aí”, finalizou.

Até o momento da publicação da reportagem, mais de mil compartilhamentos já foram realizados na postagem da denunciante.

Resposta da Secretaria de Saúde

Em contato com a reportagem do Paraíba Já, a Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa afirmou que, diferente do que reportou a denunciante, a mulher foi internada no dia 14 de janeiro e não no dia 9.

Além disso, está sendo monitorada pela equipe da maternidade, que põe a cirurgia cesariana como última opção por ser um procedimento que iria impedir a jovem de engravidar novamente em um prazo curto de tempo. Porém, a Secretaria garante que a mesma foi medicada para que a “passagem” para retirar o feto de maneira natural seja aberta.

Leia nota na íntegra:

NOTA

A direção do Instituto Cândida Vargas (ICV) esclarece que a paciente deu entrada na unidade hospitalar na tarde do último domingo (14). Foram realizados exames iniciais onde foi constatado que a paciente já estava com o feto morto e que após avaliação clínica, não constituía indicação de cesariana, devendo a operação ser reservada para condições específicas, uma vez que aumenta a morbidade materna sem qualquer benefício materno fetal.

Ainda no domingo foi dado início a indução do parto para expulsão do feto por via baixa, que pode levar de 24h até 72h para se transformar em trabalho de parto. A paciente, que está em idade reprodutiva já foi submetida a uma cesariana e um aborto e, um outro procedimento cirúrgico invasivo não é recomendando pois adiciona risco de vida a mãe, limitando futuras gestações dificultando uma vida normal, além de evitar riscos de infecções.

Ainda, de acordo com a direção do hospital, a mãe e família estão recebendo toda assistência necessária.

Confira a postagem: