O Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) está investigando um possível atraso de salário de empregados, com o objetivo de impossibilitá-los de votar no segundo turno das eleições, que ocorrerá no próximo dia 30 de outubro. A informação foi divulgada pelo procurador do MPT-PB, Eduardo Varandas, que destacou o empenho do órgão em combater o assédio eleitoral de empresários com os seus funcionários.
“Acabamos de receber uma denúncia de que empregadores estariam atrasando salários dos empregados que votam em outra localidade, para que eles não possam pagar o transporte público para ir votar. Isso também está sendo reportado à Procuradoria Regional Eleitoral para as providências criminais, sem prejuízo das providências do Ministério Público do Trabalho”, disse.
Conforme Eduardo Varandas, o MPT tem recebido diversas denúncias de assédio eleitoral na Paraíba “desde aquela denúncia tradicional do empregador que ocorre mediante ameaças ‘ou você vota no candidato x ou você vai ser demitido, ou você vota no candidato x ou você vai ser suspenso’, ou seja, com punições, até denúncias que prometem gratificações”.
Eduardo Varandas disse que João Pessoa e Campina Grande lideram o número de denúncias e incentivou os paraibanos a continuarem denunciando.
“João Pessoa e Campina Grande lideram a quantidade de denúncias, até por causa do tamanho da cidade. A gente encoraja que todas as pessoas da Paraíba façam a denúncia. A constituição determina que o voto é livre e secreto e não admite nenhuma intromissão, seja de empregador seja de gestão pública ou de qualquer outra pessoa no seu direito”, finalizou Varandas.
Para fazer essa comunicação ao Ministério Público do Trabalho existe um aplicativo chamado Pardal MPT, no qual o eleitor pode enviar informações, fotos, vídeos e áudios que podem municiar o Ministério do Trabalho para avaliar o caso. Também tem o site que é o https://www.prt13.mpt.mp.br/ e tem também um número de WhatsApp para fazer esse tipo de denúncia que é o (83) 3612-3128.