MPF pede condenação da prefeita de Patos por improbidade administrativa

Ação movida pelo procurador federal, João Rafael, com base em novos grampos telefônicos na segunda fase da Operação Desumanidade, onde foram comprovadas além de manipulação de licitações para desvios de recursos federais na Prefeitura Municipal de Patos, a possibilidade de perseguição política para quem não seguir as orientações do grupo político do deputado federal Hugo Motta (PMDB). Diante a ação, o Ministério Público Federal (MPF) ingressou solicitando a condenação da prefeita de Patos, Chica Motta (PMDB), alegando improbidade administrativa.

Toda a situação começou no município de São José de Espinharas, administrado por Renê Trigueiro Caroca (PSDB) – marido da mãe do deputado Hugo Motta, Ilanna Motta – onde o taxista Arcádio Queiroz de Medeiros, autor de várias representações protocoladas no MPF contra o prefeito e contra o deputado federal, foi vítima de uma trama que, para lograr êxito, precisava da ajuda da prefeita de Patos.

Consta na petição do MPF que “diante das denúncias apresentadas por Arcádio, Renê Trigueiro Caroca resolveu arquitetar uma estratégia para prejudicar e silenciar o denunciante, como uma forma de intimidação. Como Arcádio Queiroz era titular de uma concessão de transportes alternativos emitida pela Prefeitura de Patos, Renê utilizou da grande influência que possui na gestão da referida prefeitura com apoio da gestora e de servidores do município, cassar a concessão titularizada pelo representante às representações que Arcádio subscreveu, bem como revelam o estratégias utilizadas pelos promovidos para dar aparência de legalidade ao ato praticado”.

No diálogo, afirma o procurador federal João Rafael, “Ilanna Motta e Francisca Motta telefonam para Damião, lotado no departamento jurídico do Setor de Transportes de Patos. Ilanna e Francisca Motta determinam que Damião e Marcos, chefe da repartição, façam o ‘negócio’, o que se trata, na verdade, da cassação do alvará de transporte de Arcádio Queiroz”.

No pedido de condenação por improbidade administrativa da ação civil movida pelo MPF, o procurador João Rafael inclui ainda Ilanna, Marcos e Damião.

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