O prefeito de Pocinhos Cláudio Chaves da Costa (PTB) e a secretária municipal de Educação, Silvana Cavalcanti Leal, estão na mira do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Na tarde desta terça-feira (13), foi ajuizado uma ação contra eles para investigar suposta compra de votos, nas eleições do ano passado.
De acordo com as denúncias do MPPB, o prefeito de Pocinhos, visando sua reeleição, utilizou-se do erário público para realizar um depósito em nome de um eleitor, que estava responsável pela ornamentação do comitê político de sua campanha eleitoral.
Em depoimento ao próprio Ministério Público, o citado eleitor disse que o trabalho foi realizado de forma voluntária e que não tinha nenhum vínculo com o denunciado.
Para tentar justificar a legalidade do depósito de R$ 546, Cláudio teria usado a secretária de Educação do município, Silvana Cavalcanti Leal, sob a alegação de que o depósito seria referente a atividades da pasta, visto que o eleitor citado seria dançarino da Banda Marcial do Colégio Municipal Padre Galvão.
A ação foi ajuizada pela Promotora de Justiça Fabiana Alves Mueller. A informação é do portal Paraíba Debate
População já havia denunciado erros nas eleições
Na manhã de 6 de outubro de 2016, moradores da cidade de Pocinhos, na região do Cariri paraibano, realizaram manifestação em frente à prefeitura para denunciar irregularidades cometidas pelo atual prefeito Cláudio Chaves durante as eleições do último domingo.
A manifestação aconteceu em frente ao Fórum da cidade de Pocinhos e, segundo os participantes, no último domingo, os eleitores que eram contrários ao atual prefeito recebiam retaliações dos servidores municipais.
Os manifestantes empunharam cartazes e gritavam palavras de ordem contra as fraudes durante o pleito municipal. De acordo com as denúncias, os moradores da zona rural da cidade não eram transportados pelos motoristas que fazem o transporte passageiros para votar no município. “O povo da zona rural de Pocinhos ficou sem votar por que os motoristas não paravam para quem estava vestido de laranja”, denunciou uma dona de casa que participou da manifestação.