O Ministério Público da Paraíba (MPPB), através da 3ª Promotoria de Justiça Cumulativa de Mamanguape/PB, abriu inquérito para apurar indícios de irregularidades na gestão do município de Cuité de Mamanguape. A reportagem do Paraíba Já contabilizou, ao menos, três crimes.
O primeiro deles, de acordo com a promotora Carmem Eleonora Perazzo, foi a prefeitura ter tocado obra iniciada por uma empresa privada contratada com recursos do Fundo Municipal de Saúde (FMS) para a construção da academia de saúde de Cuité de Mamanguape. Ou seja, a empresa venceu licitação, recebeu valor para a realização da obra, construiu apenas a fundação da obra e a abandonou. A obra foi dada continuidade por outras pessoas contratadas pelo Município, mas os empenhos eram detalhados para outro local.
De acordo com a promotora, a obra foi continuada a cargo do vice-prefeito do município, Genilson Dutra dos Santos, através de sua esposa, Ana Paula da Silva Leita, que é secretária da pasta responsável por obras no município. Ela seria uma espécie de secretária laranja. Além dela, o secretário de Saúde, que cuida dos recursos do FMS, também é apontado como laranja pelo MP. Este seria o segundo crime da gestão.
A promotora aponta ainda que Genilson teria alugado um carro de seu próprio primo, utilizando recursos da gestão – o que seria outro crime.
Ela intimou o dono da empresa que iniciou a obra da academia de saúde do município para ser ouvido como testemunha e pediu que diligências fossem enviadas ao município para apurar os indícios de secretários fantasmas e as reais funções do vice-prefeito e de Valdir Magno Dantas, irmão do prefeito Djair Magno Dantas, na administração da cidade.