
A Polícia Civil da Paraíba ouviu, nesta terça-feira (4), o motorista por aplicativo que buscou Davi Piazza Pinto, homem que confessou ter matado o próprio filho, Arthur Davi, de 11 anos, autista e deficiente visual. O motorista foi ouvido na condição de testemunha e, segundo a polícia, não há indícios de envolvimento dele no crime.
De acordo com as investigações, o profissional foi responsável por buscar o suspeito em uma área de mata no bairro Colinas do Sul, em João Pessoa, na última sexta-feira (31). O corpo da criança foi encontrado no sábado (1º), dentro de um saco plástico preto, parcialmente coberto por terra, em uma cova rasa. Davi se entregou à polícia no domingo (2) e confessou o homicídio, alegando que matou o filho para não pagar pensão alimentícia.
O delegado Thiago Cavalcanti, que conduz o caso, informou que dois motoristas diferentes foram contratados por Davi através de aplicativos: um para levá-lo ao local onde o corpo foi deixado e outro para buscá-lo de volta. O motorista ouvido nesta terça afirmou que não sabia do crime e que realizou a corrida de forma rotineira. Ele procurou espontaneamente a polícia após reconhecer o suspeito pela televisão.
“O motorista nos relatou que fez a viagem normalmente, sem desconfiar de nada. Ele retornou com o suspeito do local onde a criança foi enterrada até o imóvel em que estava hospedado”, explicou o delegado.
As investigações continuam para identificar e ouvir o outro motorista, responsável por levar o homem até a mata antes da desova do corpo. A Polícia Civil ainda busca esclarecer todos os detalhes da dinâmica do crime.