Morte de tartarugas no Caribessa revolta ambientalistas e ativistas paraibanos

A morte de sete tartarugas, no fim da manhã desse domingo (10), no Caribessa, causou revolta de ambientalistas paraibanos. Isso porque desde o ano passado a região é considerada área de preservação ambiental (APA) através de decreto estadual.

As tartarugas foram encontradas por um morador presas em uma rede de espera. Das oito que ficaram encalhadas, apenas uma sobreviveu após a ação de resgate dos ambientalistas que foram chamados ao local.

De acordo com o artigo 4º do decreto estadual 38.931/2018, que criou a APA Naufrágio Queimado, a pesca está proibida na localidade do Caribessa. Além disso, a lei federal 9605, conhecida como lei de crimes ambientais, estabelece desde 1998 que a captura não autorizada de animais silvestres é crime. Quando a espécie está ameaçada de extinção, como as tartarugas marinhas, e a captura ocorre de unidades de conservação, como a APA, o crime se agrava.

“A APA garantirá sustentabilidade ambiental e social às atividades econômicas desenvolvidas na costa paraibana. Ao disciplinar as atividades, solucionará conflitos históricos entre a pesca e o turismo nos recifes costeiros, empoderará comunidades de pescadores artesanais, protegerá ecossistemas recifais insubstituíveis do ponto de vista biológico e geológico e conservará um patrimônio arqueológico único, representado pelas embarcações naufragadas conhecidas localmente como Alice, Alvarenga e Queimado”, observou o professor Bráulio, da UFPB.

Apesar de protegida por decreto, a área da APA Naufrágio Queimado ainda não conta com uma fiscalização efetiva para coibir os crimes ambientais no local. A celeridade da implantação da estrutura para tal é um dos apelos das ONGs e dos ativistas que atuam na região de proteção ambiental.