Morte de presidiário ocorrida há 30 anos em Cajazeiras pode ameaçar os planos de Gobira

O assassinato do presidiário Geraldo de Margarida, ocorrido no início da década de 80, no Sertão paraibano, pode ameaçar os planos do candidato a deputado federal Luiz Antônio Lúcio Rangel, o Gobira (PSOL), 58 anos, apontado como a nova sensação da política de Cajazeiras. No início desta semana, o Portal Paraíba Já teve acesso a uma entrevista concedida por um tio da vítima, chamado Nelson, que pode gerar dissabores para o candidato do PSOL.

A morte de Geraldo de Margarida, conforme apurou o Paraíba Já, ocorreu no ano de 1982, dentro do presídio de Cajazeiras. Na época, Gobira, que era policial, foi acusado do crime e expulso da PM. Na cidade, pouca gente quer falar sobre o assunto abertamente. “O que se comenta é que foi um crime covarde, já que os tiros que matou o detento teriam sido desferidos pelas costas”, contou à Reportagem um estudante, que preferiu não se identificar.

O crime, que estava ‘adormecido’ há de 30 anos, voltou à cena depois que dirigentes do PSOL paraibano informaram à imprensa que Gobira estaria sofrendo ameaças de morte. No primeiro instante, cogitou-se a hipótese de que o suposto atentado contra a vida do candidato teria motivações políticas.

Suspeitando de que a suposta ameaça à vida de Gobira não passava de marketing eleitoral, um internauta resolveu enviar à Redação do Paraíba Já trecho da entrevista concedida pelo tio do presidiário assassinado, comentando detalhes da morte do sobrinho. Ele, contudo, não chega a afirmar que o autor do crime ocorrido no interior da unidade prisional teria sido o candidato do PSOL.

Na mensagem enviada ao Paraíba Já, o internauta informou que a hipótese da suposta ameaça à vida de Gobira ter partido de parentes de Geraldo de Margarida não se sustenta, já que todos os familiares da vítima, exceto o tio, fugiram de Cajazeiras, após o assassinato ocorrido em 1982. “Essa história de ameaça de morte está cheirando a marketing eleitoral”, diz a mensagem.

O Paraíba Já tentou ouvir o candidato do PSOL nesta quarta-feira (24), mas o número do telefone repassado à Reportagem estava dando desligado.

Ouça abaixo trecho do áudio da entrevista concedida pelo tio de Geraldo de Margarida, enviado à Redação.