Moro rebate Twitter de Bolsonaro sobre Vaza Jato e diz que apoiou o presidente no caso Marielle

Um dia após a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) postou uma foto do ano passado abraçado com o ex-juiz da Lava Jato. Bolsonaro citou a Vaza Jato e disse que enquanto partidos e o STF (Supremo Tribunal Federal) pressionavam Moro, ele estava abraçado com ele.

Em resposta, Moro postou uma matéria, mostrando que também teria apoiado Bolsonaro, no caso das investigações da morte da vereadora Marielle Franco e afirmou que preservar a Polícia Federal não é uma questão de relacionamento pessoal.

A Vaza Jato é o nome dado às reportagens divulgadas pelo The Intercept Brasil com parceria de veículos de imprensa, como o UOL, que revelaram trocas de mensagens entre Moro e procuradores da Lava Jato, durante as investigações. As reportagens motivaram partidos políticos a pediram a queda do então ministro da Justiça.

Bolsonaro e Moro romperam definitivamente ontem, após ambos trocarem acusações em pronunciamentos. Durante o discurso que fez no Palácio do Planalto, o presidente disse que sempre “abriu o coração” para Moro, mas não poderia dizer o mesmo do ex-juiz da Lava jato. O presidente está no Palácio da Alvorada e não tem compromissos oficiais na agenda de hoje (25).

Moro acusou Bolsonaro de determinar a troca do diretor-geral, Maurício Valeixo, para poder interferir politicamente na Polícia Federal para ter acesso a relatórios e investigações da corporação. Bolsonaro negou que quisesse acesso às investigações e disse que tem prerrogativa para trocar o comandante da PF.

Na noite de ontem, o presidente escolheu o novo número um da PF, Alexandre Ramagem, que estava na direção-geral da Abin

O Jornal Nacional, da Rede Globo, divulgou ontem mensagens trocadas pelo ministro Moro com Bolsonaro que seriam provas das acusações contra o presidente.

Em meio ao tiroteio de acusações, Bolsonaro disse que Moro queria condicionar a troca de Valeixo a sua indicação a vaga do decano do STF (Supremo Tribunal Federal), Celso de Mello, que se aposentará este ano. Moro negou a afirmação em um tweet.

Do Uol.