Os paraibanos Cássio Cunha Lima (PSDB) e o ministro do Tribunal Superior Eleitoral, o corregedor Herman Benjamin, são divergentes em suas opiniões em relação ao modelo que deverá ser adotado para financiamento de campanha das eleições de 2018.

O vice-presidente do Senado Cássio Cunha Lima (PSDB), defende o modelo de financiamento privado. O tucano propôs adotar um modelo no qual as doações que vêm das empresas tenha um caráter impessoal, ou seja, o doador não saberá para quem o dinheiro será destinado e o Fundo seria administrado pela Justiça Eleitoral.

Cássio é suspeito de receber R$ 800 mil em vantagens indevidas para favorecer a Odebrecht e é investigado na Operação Concorde, da Polícia Federal, que apura esquemas de desvios de recursos e lavagem de dinheiro.

Já o ministro Herman Benjamim, o financiamento público de campanha, é o melhor modelo para combater a corrupção. De acordo com o ministro, a defesa do financiamento privado de campanha não seria motivada por razões eleitorais, mas por ser um modelo que continuaria encobrindo a corrupção política.

Herman Benjamin foi relator do processo de cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer e votou pela cassação da chapa.

Depois da frustração da proposta de implantação do modelo eleitoral do distritão, essas e outras alternativas estão surgindo na Câmara dos Deputados. Aprovado na comissão especial que discute a reforma política, o distritão tornou-se um entrave para aprovação da matéria em plenário. Na quarta-feira, a sessão marcada para votar a proposta foi abreviada por falta de acordo, remarcando-se outra para a semana que vem.

Parlamentares e partidos críticos do distritão alegam que o sistema privilegia os políticos já conhecidos e com mandato, uma vez que, nesse modelo, ganham a eleição para deputado e vereador os candidatos com maior número de votos, diferentemente do modelo atual, o proporcional com lista aberta.