Ministro paraibano deve ser o primeiro a ser ouvido pela CPI da Pandemia

Formato e a data da realização da comissão devem ser resolvidos nos próximos dias. Senador Humberto Costa defende que o processo inicie o mais rápido possível

O senador Humberto Costa (PT-PE), um dos indicados à CPI da Pandemia, afirmou que o ministro da Saúde, o médico paraibano Marcelo Queiroga, deve ser o primeiro convidado a prestar esclarecimentos sobre as ações do governo federal durante a pandemia de Covid-19.

Em entrevista à CNN Brasil, o senador e ex-ministro da Saúde no governo Lula, destacou que a CPI deve, inicialmente, focar na crise atual e buscar respostas sobre as medidas que devem ser adotadas de imediato.

“Acho que o primeiro convidado deve ser o próprio ministro da Saúde, para que ele possa nos dizer o que o governo pretende fazer daqui para frente para o controle da pandemia, como eles estão enfrentando e procurando resolver os problemas emergenciais, como a escassez de vacinas, como a crise de abastecimento de medicamentos para procedimentos complexos como as intubações. A CPI tem que exercer o papel de investigar, mas também exercer o papel para que o governo cumpra a sua missão, e nós vamos cobrar”, disse o senador.

O formato e a data da realização da comissão devem ser resolvidos nos próximos dias, entretanto, Humberto Costa defende que o processo inicie o mais rápido possível.

“Defendo que a CPI comece de imediato, temos que apresentar a proposta de um funcionamento misto, ouvir pessoas, fazer reuniões onde tenhamos um debate mais conceitual, ouvindo cientistas e professores, pode ser feito de forma remota. As audiências onde vamos escutar testemunhas e debater quebra de sigilos ou acesso a documentos sigilosos, essa podemos fazer de modo presencial ou semi presencial, um pouco mais para frente, dentro de 1 mês e meio, quando melhorar a situação da pandemia”, pontou.

A urgência em iniciar a CPI, para o senador petista, deve partir também do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Deve ser interesse de todos que ela possa iniciar o mais urgentemente possível, é interesse que a apuração se faça rapidamente, tanto do nosso ponto de vista como do governo, acho que o governo não quer que a CPI chegue bem perto da eleição”, concluiu Costa.