Ministério Saúde define ordem de imunização de trabalhadores da educação

Cidades que não tiverem demanda suficiente para grupos prioritários podem reservar parte das doses para pessoas com idade entre 18 e 59 anos sem comorbidades

(Foto: Gil Cohen-Magen/AFP)

O Ministério da Saúde definiu em nota técnica emitida hoje a ordem de prioridade para vacinação de profissionais da educação.

Neste grupo de trabalhadores, a ordem de prioridade será a seguinte: profissionais de creches, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio, cursos profissionalizantes e EJA (Educação de Jovens e Adultos). Na sequência, serão vacinados os trabalhadores da educação do ensino superior.

A pasta também autorizou que cidades que não tiverem demanda suficiente para grupos prioritários podem reservar parte das doses da vacina contra covid-19 para pessoas com idade entre 18 e 59 anos sem comorbidades.

A decisão sobre os profissionais de educação foi tomada ontem durante reunião da Comissão Integestores Tripartite (Ministério da Saúde, Estados e Municípios). Segundo informa a nota técnica, “a justificativa para a antecipação da vacinação deste grupo diz respeito aos importantes impactos sociais ocasionados pela covid-19 na educação infantil com a necessidade de volta às aulas presenciais”.

O grupo ainda levou em consideração “o avanço na vacinação dos grupos de maior risco para formas graves da covid-19 (idosos e pessoas com comorbidades)”, com a expectava de finalização da vacinação desses grupos em junho.

“Esses impactos seguramente estão sendo mais importantes justamente nos grupos sociais menos favorecidos e que tem por exemplo dificuldade ou mesmo inviabilidade para uma adesão ao ensino a distância”, diz um trecho do documento.

A imunização desses grupos deverá acontecer ao mesmo tempo em que a vacinação dos grupos prioritários que vêm depois dos professores, de acordo com as definições do PNO (Plano Nacional de Operacionalização), e eles já devem começar a ser atendidos a partir da próxima entrega de vacinas.

Em outro trecho, a nota diz que o “ambiente escolar traz, no entanto, elevado risco de exposição a vírus respiratórios aos trabalhadores da educação tendo em vista que crianças são habitualmente peças chaves na transmissão destes vírus, o que justifica a vacinação deste grupo de trabalhadores”.

Vacinação de pessoas sem comorbidades

A coordenadora do PNI (Programa Nacional de Imunizações), Francieli Fontana, explicou durante coletiva de imprensa do Ministério da Saúde, na tarde de hoje, que a vacina por idade de pessoas sem comorbidades pode variar de acordo com a cidade. Segundo Francieli, a distribuição de doses para estados e municípios é feita a partir de uma base de dados sobre pessoas dos grupos prioritários.

Porém, em alguns lugares pode haver uma diferença entre estes números e a realidade, um superdimensionamento. Considerando estes casos, o Ministério abriu a possibilidade de que sejam atendidas pessoas sem comorbidades, de 59 a 18 anos.

Pelo que explicou a coordenadora do PNI, antes de abrir a vacinação para este grupo os municípios deverão realizar busca ativa daqueles que se enquadram nos grupos prioritários.

Do Uol.