Ministério Público quer proibir organizadas do Bota-PB na final do Paraibano

O procurador de Justiça Valberto Lira, representante do Ministério Público da Paraíba que mais atua nas causas do futebol, principalmente quando a pauta é liberação de estádios ou torcidas uniformizadas, está preocupado com a decisão do estadual entre Campinense e Bota-PB.

Presidente da Comissão Permanente de Combate e Prevenção a Violência nos Estádios, ele recomendou à FPF que vetasse a presença das organizadas do Belo no Estádio Amigão durante a partida marcada para as 20h30 da próxima quarta-feira (15).

A preocupação de Valberto Lira é que se repita situações como a do jogo de ida, realizado no Almeidão, no dia 1º, quando a torcida do Campinense, alocada na geral, precisou invadir campo ao término da partida para fugir das pedras arremessadas pelos botafoguenses de fora para dentro do estádio.

O incidente gerou pânico, e quase a Paraíba repete as cenas de terror vivenciadas no estádio Rei Pelé, na final do Campeonato Alagoano entre CRB e CSA. Na ocasião, as duas torcidas invadiram o gramado e se digladiaram, com dois torcedores sendo linchados, em um triste episódio transmitido ao vivo, pela TV, para todo o país.

A Federação Paraibana ainda não se manifestou sobre a recomendação do Ministério Público, porém sinalizou que deve seguir a sugestão do procurador.

No ofício enviado à entidade, o procurador aconselha que a Polícia Militar não permita a entrada de torcedores uniformizados e com faixas de torcidas organizadas no Amigão, no dia 15.

Lira argumenta que a ideia é prevenir também que se repitam as guerras de bombas caseiras. No jogo do Almeidão, dia 1º, pelo menos cinco explosões assustaram o público presente no estádio. Em um dos casos, uma torcedora do Campinense desmaiou e precisou receber atendimento médico no gramado.

Dentro de campo, para ser campeão, o Rubro-Negro tem a vantagem de poder até perder por um gol de diferença para o Belo. As informações são do Voz da Torcida.