Milanez não participa de sessão e aliados ajudam oposição a derrubar veto de Cartaxo

Semana passada, pouco ou quase nada se divulgou, mas o prefeito Luciano Cartaxo (PSD) sofreu mais uma derrota no mínimo estranha, para não dizer inesperada, na Câmara Municipal. Vereadores governistas se uniram à bancada de oposição para derrubar veto do prefeito ao projeto de autoria do Bispo José Luiz (PRB), que prevê a implantação do Hospital Veterinário de João Pessoa.

O caso aconteceu na quarta-feira (21), numa sessão em que outros episódios “esquisitos” foram também registrados. O líder do prefeito, Fernando Milanez Neto (PTB), por exemplo, “desapareceu”, fato que teria facilitado a “rebeldia” de parte da bancada governista em plenário. Vereadores como Helena Holanda, Carlão da Consolação, Mangueira, Luiz Flávio e o autor da proposta se juntaram a Raíssa Lacerda, Humberto Pontes e outros oposicionistas para garantir a manutenção do projeto aprovado pela Casa e vetado pelo Chefe do Executivo.

A importância do equipamento de saúde, há muito reivindicado pela população pessoense, poderia facilmente justificar a derrubada do veto. Estranho mesmo foram a maneira e as circunstâncias em que a decisão foi tomada. A ausência do líder pode ter sido interpretada pelos governistas como uma espécie de “liberou geral”, situação que facilitou a derrota do prefeito. O único a se opor, ficando a favor do veto, foi o vereador Dinho.

E olhe que nem parecia, no início, que a coisa ia tomar esse rumo. O vereador Mangueira, por exemplo, antes da votação, “peitou” vereadores da oposição que centravam críticas no secretário de Saúde, Adalberto Fulgêncio, um dos eternos “calos” da gestão de Cartaxo. “Vocês, da Oposição precisam lembrar que não são governo. Quem coloca e tira secretários é o prefeito, ninguém mais”, afirmou o emedebista.

De uma hora para outra, os ventos começaram a soprar em outra direção e os vereadores, incluindo o próprio Mangueira, votaram pela derrubada do veto.

Apesar dos burburinhos nos corredores, até agora impera a “lei do silêncio” e ninguém se atreve a tentar explicar publicamente o que aconteceu. Talvez o líder do prefeito possa fazê-lo. Com informações do Vanderlan Farias