Micro e pequenas indústrias apostam no auxílio emergencial para atenuar crise

Pesquisa mostra que maioria da categoria considera positivo para a economia brasileira manter o pagamento do benefício durante a pandemia

Micro e pequenas indústrias apostam no auxílio emergencial para atenuar crise
Foto: Ilustração

Mesmo abaixo da expectativa, as quatro parcelas mensais do auxílio emergencial que serão pagas a partir desta terça-feira (6) a cerca de 46 milhões de pessoas acendem uma luz no fim do túnel para 76% das micro e pequenas indústrias, a favor da volta do benefício.

É o que mostra o Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria, realizado pela Datafolha, a pedido do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo (Simpi).

Micro e pequenas indústrias apostam no auxílio emergencial para atenuar crise

Quanto à expectativa do retorno do auxílio emergencial para o país, 57% das micro e pequenas indústrias acreditam que trará mais benefícios do que prejuízos. E para 35%, trará mais prejuízos do que benefícios.

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Em relação ao próprio negócio, 58% das micro e pequenas indústrias consultadas avaliam que a nova rodada do auxílio emergencial trará mais benefícios do que prejuízos. Para 12% haverá mais prejuízos do que benefícios para o negócio.

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Sobre o valor do benefício, 59% defendem que o pagamento deveria ser igual ao anterior, encerrado em dezembro de 2020. Para outros 23% dos entrevistados, o valor do auxílio deve ser menor.

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Queda no faturamento e lucro

A situação geral dos negócios também foi influenciada pela suspensão do auxílio emergencial. Ainda de acordo com a pesquisa encomendada pelo Simpi ao DataFolha, o Índice de Satisfação, que mede situação geral dos negócios, faturamento da categoria e o lucro no mês anterior caíram de 126 pontos em janeiro para 100 pontos no levantamento de fevereiro.

Para o presidente do Simpi, Joseph Couri, este índice reflete o impacto do fim do auxílio emergencial.

“Com o pagamento do benefício suspenso e a atividade econômica ainda fraca, houve pouco dinheiro circulando na economia e a demanda se retraiu ainda mais”, alerta.

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Situação econômica do Brasil

Para 57% das micro e pequenas indústrias consultadas, a situação econômica do país é classificada como ruim ou péssima. Somente 8% avaliam como ótima ou boa. Mais uma vez, o aprofundamento da crise é refletido no desempenho da categoria.

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Sobre a pesquisa

Realizado pelo Datafolha, a pedido do Simpi, o Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo, traz um panorama da categoria econômica. A coleta de dados ocorreu em fevereiro de 2021.