Médicos e professores criticam prefeito e ameaçam entrar em greve em Cabedelo

A falta de gestão pública em Cabedelo pode fazer o município parar nos próximos dias. Isso porque duas das categorias mais importantes para o bom funcionamento de uma cidade estão ameaçando fazer greve por tempo indeterminado.

Os médicos da Maternidade Padre Alfredo Barbosa já realizaram uma paralisação de advertência esta semana e, no dia 15, será a vez dos professores realizarem uma assembleia para decidir se cruzarão os braços.
De acordo com o Sindicato dos Médicos da Paraíba (Simed-PB), já são quatro meses de tentativa de negociação com a Prefeitura Municipal, mas sem sucesso. As informações são de que faltam os insumos mais básicos para o atendimento aos pacientes, a exemplo de luvas, seringas e remédios.

“Atualmente a maternidade de Cabedelo só funciona com equipe completa durante quinze dias no mês. As cirurgias eletivas do hospital não estão sendo realizadas devido à falta de profissionais. As condições de atendimento são difíceis para a maioria dos médicos de plantão, portanto, os médicos paralisaram os atendimentos, garantindo os atendimentos de urgência e emergência”, diz o Sindicato em nota.
Os professores

No caso dos professores de Cabedelo um dos maiores problemas é o não pagamento do piso salarial nacional, um descumprimento à lei. O prefeito atual, Leto Viana, alega que tem pago o salário determinado pela legislação, mas na verdade enviou à Câmara Municipal um projeto atualizando o piso apenas para os professores do ensino médio, ou seja, 15 profissionais. Cabedelo tem 650 docentes sem atualização de salário e que estão tendo seus direitos negados.