Marília Mendonça virou ícone do feminejo em 2016, com hits como “Infiel” e “Eu sei de cor”. Antes, ela já era compositora de sucessos do sertanejo.
A chegada da cantora ao mercado aconteceu no mesmo momento de outras duplas femininas, como Maiara & Maraisa e Simone & Simaria.
As letras empoderadas e de sofrência marcaram a carreira da cantora que morreu, aos 26 anos, nesta sexta (5), em um acidente aéreo em Minas Gerais.
Ela deixa um filho, Léo, que completa dois anos em dezembro.
O último álbum que a cantora lançou foi “Patroas 35%”, em parceria com a dupla Maiara e Maraisa. O trio comemorava a indicação ao Grammy Latino deste ano.
Marília Dias Mendonça nasceu em Cristianópolis (GO) em 22 de julho de 1995. O primeiro EP, que leva seu nome, foi lançado em 2014, e já tinha músicas como “Alô Porteiro” e “Sentimento Louco”.
Foi com o álbum de estreia, “Marília Mendonça”, de 2016, que a cantora conseguiu projeção nacional com “Infiel”.
O feminejo foi a tendência mais forte na música pop brasileira daquele ano e isso se refletiu nas paradas de sucesso. Tanto que o clipe da música sobre traição bateu mais 1 bilhão de visualizações.
“Folgado”, “Saudade do Meu Ex” e “Eu sei de Cor” são outras faixas do álbum e rapidamente viraram hits também.
No ano seguinte, Marília lançou o DVD “Realidade”, gravado em Manaus, com outros sucessos como “Amante não tem lar”, “Eu Sei de Cor” e “De Quem é a Culpa”.
A primeira parceria com Maiara & Maraisa, cantoras que são antigas amigas de Marília, foi com os álbuns “Agora É que são elas”. O primeiro foi lançado em 2016 e o segundo em 2018.
O projeto seguinte foi o “Todos os Cantos”, quando a cantora excursionou pelo Brasil e gravou uma música em cada capital.
Marília Mendonça em show do projeto ‘Todos os cantos — Foto: Divulgação
Ela aparecia de surpresa na cidade e fazia apresentações de graça em praças públicas. Desse álbum saíram sucessos como: “Ciumeira”, “Todo Mundo vai Sofrer”, “Apaixonadinha”, “Supera” e “Graveto”.
No final de 2019, Marília fez uma pausa na carreira no sétimo mês da gravidez do filho Léo, fruto do relacionamento com o sertanejo Murilo Huff.
Eles tiveram um namoro de idas e vindas, mas não estavam juntos quando o acidente aconteceu.
“Estou dando uma pausa no meu AUGE, literalmente. O auge do meu amor, o auge da minha vida, o auge da minha felicidade, o auge do meu crescimento como mulher, o auge do meu amadurecimento. Pensou que eu tava falando de SUCESSO, né? Acertou. Como eu não seria bem-sucedida tendo em meu ventre o meu grande amor, que eu já escuto os sinais de chegada? Enfim, com lágrimas nos olhos, anuncio que, oficialmente, pausei a minha vida pra esperar a minha vida”, escreveu Marília, no Instagram, na época.
Depois que voltou aos palcos, Marília estava tocando o projeto “Patroas”, com a dupla Maiara e Maraisa.
Elas lançaram um álbum homônimo em 2020 e o “Patroas 35%”, em setembro deste ano. A turnê foi anunciada em outubro e já tinha ingressos à venda.
Figura querida no mundo da música, Marília gravou com artistas, como Anitta, Gal Costa, Henrique & Juliano, Leo Santana, Luísa Sonza, Tierry e o grupo de pagode Menos é Mais.
Durante a pandemia, a cantora fez a live mais vista do mundo com 3,31 milhões de visualizações. Com esse número, superou transmissões do BTS, de Andrea Bocelli e Jorge & Mateus.
Principais sucessos
- “Infiel“
- “Como faz com ela”
- “Folgado”
- “Eu sei de cor”
- “Amante não tem lar”
- “Saudade do meu Ex”
- “De quem é a culpa?”
- “Ciumeira”
- “Bem Pior que eu”
- “Bebi liguei”
“Sem Sal”
- “Todo Mundo Menos Você”