Maranhão fala em reciprocidade e diz que atendeu pedido da nacional

O senador José Maranhão, presidente estadual do PMDB, disse hoje que a decisão de apoiar o Governador Ricardo Coutinho (PSB) atendeu apelo da legenda em nível nacional. Este pedido foi formulado ontem pelos principais líderes do PMDB durante almoço oferecido a José Maranhão no Palácio do Jaburu, em Brasília, pelo vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer. Participaram ainda do encontro, o presidente do Senado Renan Calheiros e o Senador José Sarney, ex-presidente da República.

Michel Temer foi enfático ao dizer que a presidente Dilma Rousseff enfrentou resistências do PT na Paraíba e, mesmo assim, participou ativamente da campanha de Vital do Rêgo Filho, candidato do PMDB ao governo do Estado. Ele lembrou ainda que o ex-presidente Lula não apareceu em nenhum guia eleitoral da campanha de Lucélio Cartaxo, candidato do seu partido ao Senado da República, justamente pelo compromisso assumido com Temer em favor da candidatura de José Maranhão. “O ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff cumpriram a parte deles com Vital do Rêgo Filho e Zé Maranhão no primeiro turno. Resta-nos agora, retribuirmos isso”, ponderou Michel Temer.

A decisão do Governador Ricardo Coutinho (PSB) de não seguir o seu partido em nível nacional no apoio a Aécio Neves também foi usada como argumento pelos líderes do PMDB nacional para convencer Maranhão. ”Prova disso é que o segundo turno da campanha da Dilma começa exatamente pela Paraíba”, disse Temer.

Ao retornar à Paraíba na noite de ontem e discutir o assunto com as bases do PMDB, Maranhão disse que durante toda sua vida pública só teve um partido e que mesmo respeitando entendimentos contrários, anunciar apoio a Ricardo Coutinho visa atender orientação da executiva nacional no tocante ao apoio àqueles que aderirem à campanha Dilma/Michel. “Nunca tergiversei em todos os meus 60 anos de vida pública em relação ao meu partido e não seria agora que faria diferente. Dilma, Michel e Lula foram leais ao PMDB. Esse apoio é o princípio da reciprocidade. Dilma e Temer necessitam do apoio de Ricardo nesse segundo turno e em troca querem o apoio nosso para Ricardo’.