Manoel Junior defende deputado ‘brigão’ e nega que seja ‘advogado’ de Cunha

O deputado federal Manoel Júnior (PMDB), na manhã desta sexta-feira (11) fez comentários sobre sua participação como membro substituto do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Federal, onde vem se reunindo para definir o futuro político do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Manoel assumiu que votará pela admissibilidade de representação do peemedebista, mas não com a perda do mandato, e sim, com censura pública escrita.

“Eu não estou na Comissão na condição de advogado de Eduardo Cunha. O Conselho de Ética não é um Tribunal de Inquisição, é de responsabilização política, seja com perda de mandato, censura pública. Não tem provas materiais de que Cunha recebeu recursos do petrolão. Eduardo Cunha não tem contas na Suíça, é beneficiário de um trust”, afirmou.

O deputado defendeu também o deputado federal Wellington Roberto (PR) envolvido em uma confusão no Conselho de Ética com o petista Zé Geraldo (PT-PA). “Ele (Zé Geraldo) veio com piadas, tachando o deputado Wellington de bagunceiro e levantou o braço. Wellington só fez revidar, se defender de acusações descabidas e inverídicas. Foi um momento constrangedor para o Conselho”, rebateu.

Manoel Júnior prometeu ainda, que irá analisar todos os documentos de acusações e a defesa que será apresentada pela presidente Dilma Rousseff (PT) para que possa se posicionar em relação ao pedido de impeachment contra a petista.

“Temos que ter clareza, correção e isenção para o julgamento. O único lado que precisamos tomar é o do Brasil, vamos escutar as ruas, os componentes técnicos e a defesa da presidente. Vou escutar o partido, os eleitores, ver o que está no papel e a defesa da presidente durante os trabalhos da Comissão, mas o meu voto será de acordo com a minha consciência”, assegurou.