Manoel Jr revela como ele e aliados foram descartados por Cartaxo: “se pudesse voltar no tempo, não teria feito”

O vice-prefeito de João Pessoa e prefeito eleito de Pedras de Fogo Manoel Júnior (Solidariedade) revelou em entrevista ao programa F5, da 89 Rádio Pop FM, na tarde desta quarta-feira (16), bastidores de seu relacionamento com o prefeito Luciano Cartaxo (PV) e de como ele e outros aliados da atual gestão da Prefeitura da Capital foram descartados no processo de sucessão.

“Eu não sei se foi culpa da minha mãe ter colocado meu nome de ‘Mané’, por que eu acredito muito nas pessoas. Por acreditar muito nas pessoas, eu renunciei meu mandato de deputado federal para servir pela segunda vez a cidade de João Pessoa. Eu não me arrependo de nada que fiz. Obviamente, se tivesse que fazer de novo, se eu pudesse voltar no tempo, não teria feito. Com o prefeito Luciano Cartaxo, eu tive três conversas sérias com ele sobre política no ano passado. A última delas foi em novembro e ele não tinha candidato”, afirmou.

Manoel explicou que nestas conversas deu sugestões para que Cartaxo fizesse a melhor escolha para as eleições municipais em João Pessoa.

“Eu disse a ele que se ele estava pensando que Ricardo Coutinho elegeu João Azevêdo do nada, ele estava enganado. João foi um cara trabalhado. Era um técnico e o governador Ricardo Coutinho o fez candidato. Se ele estava a seis meses da eleição e ele não tinha candidato ainda, dei minhas sugestões, mas foi tempo perdido”, lamentou.

Ao recordar, Manoel não escondeu que havia à disposição de Luciano Cartaxo nomes mais fortes do Edilma Freire, secretária de Educação e concunhada.

“Ele teria as candidaturas de Ruy Carneiro, a minha, e foi isso que eu disse a ele em novembro do ano passado. Aí ele deveria ter sentado na mesa, botado Zennedy, Edilma, Daniella, Socorro, Ruy Carneiro, Manoel Junior, e ter dito para nós que fazíamos parte da base e que iria fazer pesquisas internas. Quem tivesse melhor, seria o candidato. Foi essa sugestão que eu dei a ele. Não logrou êxito nem eu, nem ninguém. Obviamente, ele saiu do tamanho que achou que devia sair do processo eleitoral. Mas acho que João Pessoa ganhou. Cícero chega na Prefeitura com a experiência que os outros não tinham. Ele conhece João Pessoa como poucos e não tem o direito de errar. Se errar, precisa corrigir certo. Eu espero que ele faça um bom governo, vou torcer de longe para que ele tenha sucesso”, argumentou.