Mãe de Gugu diz que não queria doar órgãos do filho por medo de deformação

Irmãos do apresentador lembraram que é preciso que a pessoa se manifeste e deixe reforçado o desejo de doar enquanto ainda está viva, para que não reste à família

Maria do Céu, mãe do apresentador Gugu Liberato, afirmou que reluta em autorizar a doação dos órgãos do filho por medo de que o corpo ficou deformado.

Em entrevista ao Jornal da Record de hoje, ela contou que foi a colega de liberar a doação quando explica que não haveria alterações no corpo. “Eu nem queria assinar, no começo, para tirarem como as coisas do corpo dele porque ele iria ficar deformado”, lembrou.

“Então, por isso que eu falo, como pessoas que se o fazem, que elas não têm medo de que a pessoa vá ficar deformada, porque ela vai ficar igualzinha como ela era. O Gugu ficou igualzinho como ele era. Nem se notava que ele tinha tirado a córnea, que ele tinha tirado qualquer órgão”, explicou Maria do Céu.

Hoje, ela só tem o desejo de conhecer a pessoa que recebeu o coração de Gugu. “Eu queria abraçar, queria, sei lá, queria sentir o coração dele bater, escutar o coração dele pertinho. Já pensou, que coisa linda isso?”, disse.

A irmã de Gugu, Aparecida Liberato, reforçou que o apresentador sempre quis que seus órgãos fossem doados. “Uma vez ou outra, nós havíamos conversado sobre isso e ele disse que queria. ‘ Ah, quando eu morrer, eu vou querer doar meus órgãos, fazer o bem para outras pessoas”,lembrou.

“Era uma situação muito difícil porque foi uma perda nossa muito dolorosa e foi uma decisão tomada no hospital. Já estavam reconhecidas a morte encefálica e vieram na busca”, contou Aparecida.

#GuguVive

No sábado (21), a morte de Gugu Liberato completou um ano e os familiares do apresentador vão lançar uma campanha de incentivo à doação de órgãos em homenagem a ele chamado #GuguVive.

Amancio, outro irmão de Gugu, contorno que a equipe médica disse que a doação poderia ser beneficiária até 50 pessoas diferentes. “Eles aproveitam o que pode ser aproeitado para outras pessoas”, disse.

Na entrevista, os irmãos lembraram que é preciso que a pessoa se manifeste e deixe reforçado o desejo de doar órgãos enquanto ainda está viva, para que não reste à família. “Quem sobrevive não sente muito no direito de fazer essa doação se a pessoa que morreu não se manifestar”, afirmou Amancio.” Que as pessoas expressem seu desejo de doar os órgãos depois da sua morte física e que as pessoas cumpram a vontade do familiar que falece para que cada vez mais gente possa sobreviver com esses órgãos”, disse Aparecida.

Do UOL