O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender nesta quarta-feira (3) a isenção de imposto sobre carnes na discussão sobre a regulamentação da reforma tributária. Ele também sugeriu, como uma alternativa, separar a tributação da carne in natura da processada.
Lula deu as declarações durante cerimônia de lançamento do Plano Safra 2024-2025 para agricultura empresarial, no Palácio do Planalto.
O Congresso Nacional está debatendo a regulamentação da reforma tributária e vai definir os itens que farão parte da cesta básica. Para Lula, a carne deve integrar a lista, que terá uma tributação menor ou, até mesmo, zerada.
Durante discurso, o petista lembrou a promessa de campanha, nas eleições de 2022, de que o povo voltaria a “comer picanha e tomar cerveja” caso ele fosse eleito para um terceiro mandato.
Aceno ao agronegócio
Em diversos momentos de seu discurso, o presidente fez acenos ao agronegócio. De acordo com pesquisas, os empresários do setor, em sua maioria, não votaram em Lula nas eleições. Devido ao tamanho do agronegócio na economia do país, Lula reconhece que é fundamental ter o apoio do campo.
Logo no início de sua fala, o presidente afirmou que foi nos governos petistas que o Plano Safra disponibilizou os maiores valores. Lula também disse que nunca pediu para ninguém do setor agradecê-lo, porque ele entende que valorizar o campo é sua obrigação como presidente.
Já no fim de seu discurso, o presidente declarou que os empresários não precisam gostar dele, mas ele vai gostar dos empresários, porque não despreza “possíveis eleitores”.
Ele também disse que não são os sem-terras que tomam propriedades no campo, mas sim os bancos.
“Acredito na democracia. A sociedade tem que debater. Hoje, não é o sem-terra que toma terra de vocês. São os bancos que tomam terras de vocêss. Se a gente for sincero e honesto, não precisamos…Não precisa gostar de mim. Eu vou gostar de vocês, porque não desprezo possíveis eleitores”, disse Lula. Do g1.