Local em que trabalhador morreu soterrado na BR-230 foi alterado antes de inspeção

Apesar das alterações no local, Cerest informou que as imagens do resgate mostraram o uso de uma escora metálica, que não seria a recomendada

O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) afirmou, nesta quinta-feira (28), que um equipamento utilizado na obra do trecho da BR-230, em Cabedelo, onde dois trabalhadores foram soterrados, seria inadequado. A equipe fez uma inspeção no local e, segundo o órgão, não teve como fazer uma análise mais detalhada, pois já havia ocorrido uma alteração da área. No entanto, as imagens do resgate mostraram o uso de uma escora metálica, que não seria a recomendada.

O acidente aconteceu nesta quarta-feira (27), e uma das vítimas do acidente, um homem de 39 anos, que trabalhava em uma empresa terceirizado, morreu na madrugada desta quinta-feira, no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.

O órgão ainda informou que o equipamento adequado foi colocado na obra somente na manhã desta quinta-feira (28). A obra é operacionalizada pelo 1º Grupamento de Engenharia (1º Gpt E) do Exército e por uma empresa terceirizada.

O Exército respondeu em nota, ao g1, que a “proteção individual, procedimentos e emprego de materiais estão sendo apuradas por meio de processo administrativo instaurado no âmbito do 1° Batalhão de Engenharia de Construção”. A nota afirma também que “a referida Organização Militar foi a contratante da empresa CLN Locações e Serviços Eireli para realizar os trabalhos de drenagem onde houve o acidente na BR-230”.

Posicionamentos conclusivos só poderão ser fornecidos após o término das apurações.

Do G1