Lira defende construção de barragens em torno do açude de Boqueirão

Preocupado com a possibilidade de ampliação do racionamento em Campina Grande e mais 19 cidades abastecidas pelo Açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) voltou a defender a construção de barragens em volta do reservatório.

Lira, que preside no Senado a Comissão de acompanhamento das obras de transposição do Rio São Francisco, argumentou que a situação de Boqueirão, hoje, é crítica, o que exige a adoção de medidas urgentes para evitar um colapso no sistema de abastecimento de água.

Ele lembrou que, quando foi construído pelo Departamento Nacional de Obras Contras as Seca (Dnocs), há mais de 50 anos, o reservatório tinha capacidade para acumular mais de 500 milhões de metros cúbico de água. Hoje ele teve a sua capacidade reduzida para 411 milhões de metros cúbicos, devido ao assoreamento.

Atualmente, Boqueirão está com pouco mais de 80 milhões de metros cúbicos de água, o que representa algo em torno de 19% de sua total capacidade de armazenamento.

No entendimento de Lira, o açude não tem mais a acumulação de água como no passado, o que justifica a necessidade de construção das barragens de apoio para evitar o assoreamento e servir de reforço para o manancial.

Solução definitiva – Para Raimundo Lira, a solução definitiva para evitar o colapso e garantir o abastecimento a mais de 1 milhão de paraibanos que dependem de Boqueirão será a conclusão das obras de transposição do Rio São Francisco. Mas, enquanto a obra não termina, Lira defende a construção das barragens no entorno do reservatório.

Segundo ele, a construção da adutora de Acauã serviria para dar reforço hídrico à cidade, principalmente nos períodos de seca. O senador disse também que está tentando viabilizar, em Brasília, recursos que tornem possível realizar a obra.

Ele acredita que, pelo menos, mais duas barragens amenizavam a situação. “Eu pretendi fazer no passado aquelas barragens de apoio ao açude de Boqueirão” ressaltou. Lira explicou que as barragens poderiam ser feitas ao longo da extensão do Rio Taperoá, com a finalidade de evitar o soterramento do açude Epitácio Pessoa.