Líder do Governo Temer, paraibano integra lista de denunciados no STF

O deputado federal paraibano Aguinaldo Ribeiro (PP), líder do Governo Temer na Câmara Federal, é um políticos do Partido Progressista denunciados no Supremo Tribunal Federal (STF) por organização criminosa.

A informação é da edição online da Revista Veja. Confira abaixo a matéria.

Janot denuncia políticos do PP ao STF por organização criminosa

  • Procurador-geral da República diz que partido se articulou para atuar em esquema de corrupção na Petrobras; entre acusados está o líder de Temer na CâmaraO procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu nesta sexta-feira denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra políticos do PP por formação de uma organização criminosa para atuar no esquema de corrupção na Petrobras. O PP é hoje a quarta maior bancada da Câmara dos Deputados, com 44 parlamentares, e integra a base de apoio do presidente Michel Temer (PMDB).

Esta é a primeira denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR)contra políticos no ramo de investigação conhecido como “quadrilhão” – que apurou a organização entre políticos e operadores para atuar na petrolífera. A denúncia contra políticos do PP será mantida em sigilo no STF, pois foram usadas informações da delação do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), que ainda está protegida por segredo de Justiça.

O inquérito relativo ao PP tem 30 alvos – entre eles o ex-ministro Aguinaldo Ribeiro, líder do governo Temer na Câmara, e o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), que negam as acusações. A investigação foi aberta na primeira leva de inquéritos pedidos por Janot ao STF na Lava Jato, em março de 2015. No meio do caminho, contudo, a própria PGR pediu para fatiar a investigação em 4 ramos: PP, PMDB do Senado, PMDB da Câmara e PT.

Informações prestadas pelos primeiros delatores – Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa – deram origem à investigação, que foi enriquecida com as novas colaborações premiadas firmadas de lá pra cá, como a da Odebrecht. Quando pediu o fatiamento da investigação, Janot citou que o inquérito apontava para “um desenho de um grupo criminoso organizado único, amplo e complexo” com atores que “se interligam”.