O líder do DEM na Câmara dos Deputados, o paraibano Efraim Filho, tem demonstrado sinais de distanciamento do seu partido com o governo Temer.

As últimas declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), em que aponta críticas ao desempenho do governo, também corroboram com esse distanciamento apontado pela imprensa nacional.

Em matéria publicada neste domingo (29), a Folha de S.Paulo mostra em levantamento que desde que barrou o andamento da segunda denúncia contra Michel Temer, a base governista perdeu um terço de seu tamanho, em um esvaziamento que tem maior concentração em quatro grandes legendas, incluindo a do presidente da República, o PMDB

Do ano passado, quando conseguiu emplacar o teto de gastos federais com uma votação similar à do impeachment de Dilma Rousseff –367 dos 513 deputados–, Temer perdeu 116 cadeiras se levada em conta a votação da última quarta-feira (25).

Dessas, metade vem das bancadas de PSDB (32 a menos), que tem quatro ministérios, PMDB (8 a menos), PSD (9 a menos), que controla Fazenda e Comunicações, e DEM (8 a menos), do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ).

Em entrevista a Folha, Efraim Filho mostrou que a relação entre os partidos não é de apoio irrestrito: “Apoiamos mais as ações que se identificam com as nossas ideias, muito mais por serem bandeiras que defendemos, do que ser propriamente base do governo”, disse o líder.