Chocado com ‘rebeldia’ na bancada, líder de Cartaxo dispara: “precisamos saber quem somos’

O vereador Marco Antônio (PPS) criticou a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades na obra da lagoa, o principal chamariz da gestão do prefeito Luciano Cartaxo (PSD). Para ele, a CPI foi criada com fins eleitoreiros.

“A CPI quase que ganha uma outra letra, quase que é uma CPI “E”, uma CPI com fundo eleitoral. Que é exatamente para explorar o ano que a gente vive”, afirmou o vereador fazendo referência direta as eleições municipais de outubro.

Questionado sobre a apoio de dois quadros do PPS à CPI, os vereadores Bruno Farias e Djanilson da Fonseca, Marco Antônio negou que isso representasse a chancela do partido e disse que era uma decisão isolada dos parlamentares.

“Eu não diria que foi um patrocínio do PPS, mas um entendimento de dois vereadores do PPS. Que não é o patrocínio do PPS porque eu não assinei – e eu sou do PPS. Não houve uma reunião partidária para discutir se ia assinar ou se não iam assinar. É uma inciativa dos próprios vereadores que assinara – tanto os da oposição quanto os da situação”, ressaltou.

Ele ainda criticou a forma como os vereadores que criaram a CPI estão dando encaminhamento ao processo.

“Nós não podemos usar a Câmara (municipal) pra um tipo de exploração se ganhar cunho eleitoreiro. Por que, na realidade, qual o objetivo da CPI? Ela vai apurar um fato determinando e vai encaminhar ao Ministério Público. Acho estranho que a própria oposição já anunciou que encaminhou (o processo) ao Ministério Público. Então, é como se fosse uma cronica de uma história já escrita. Você já manda ara o MP já diz que tinha irregularidade… E vai apurar o quê, Se você já disse que tinha irregularidade? É no mínimo estranho”, provocou Marco Antônio

Bancada de situação

Chamou atenção o fato de vários vereadores que compõem oficialmente a bancada de situação, que apoia a gestão do prefeito Luciano Cartaxo, ter assinado o documento de criação da CPI da lagoa. Sobre esse fato, o vereador Marco Antônio desconversou.

“A bancada do prefeito ela não é uma bancada de subalternos, não é uma bancada de pessoas que balançam a cabeça pra tudo (que o prefeito quer), ou como a oposição, contestam tudo. A bancada do prefeito é uma bancada livre e independente, que tem seus posicionamentos. Agora, a gente tem muito mais encontros que desencontros, é por isso que a gente está junto na mesma bancada”, declarou ele.

Marco Antônio, entretanto, citou a necessidade uma reunião emergencial para avaliar quem realmente compõe a bancada de apoio ao prefeito na Câmara Municipal. “A gente precisa ver realmente quem somos. Porque diante de um desencontro como esse que houve agora, quando alguns colegas nossos, de forma surpreendente, assinaram esse apoio à CPI, a gente precisa desse encontro o mais rápido possível pra gente saber quem somos”, concluiu.