O deputado federal Wilson Filho (PTB) participou nesta terça-feira (4) de audiência pública na Câmara Municipal de João Pessoa para debater o processo de erosão da Barreira do Cabo Branco. O parlamentar disse ainda que caso a Prefeitura Municipal não realize a obra na barreira, deveria passar o projeto para o Governo do Estado, para que a cidade não perca os recursos e nem o seu principal ponto turístico.
“Se a Prefeitura é incapaz de realizar as obras, passe para o Governo que ele se dispõe a fazer. Recebemos essa notícia do próprio governador, que também não entende porque o município não consegue tirar esse projeto do papel. Ele nos sinalizou que, caso a Prefeitura não faça, o Governo do Estado poderá fazer a intervenção”, contou o parlamentar.
Temendo a perda total dos R$ R$ 6,2 milhões do Ministério do Turismo que foram destinados para obras de contenção da Barreira do Cabo Branco, o deputado conseguiu a prorrogação do prazo para que a Prefeitura de João Pessoa apresente o projeto e inicie os trabalhos. Os recursos foram conseguidos pelo parlamentar e pelo então deputado federal Wilson Santiago (PTB).
Wilson lembrou que a obra tinha sido orçada em R$ 13 milhões, mas o Ministério se comprometeu a liberar parte dos recursos. “O dinheiro está à disposição da Prefeitura há quase sete anos e a obra não teve o seu início. Faço apelo ao poder público para que aja e que não deixe a cidade perder esses recursos. Ou a obra começa em três meses ou o recurso está perdido”, disse.
A propositura para a realização da audiência pública foi do vereador Bruno Farias (PPS). Ele disse que o propósito da reunião não era encontrar culpados para um problema de muitos anos e também não era para dar um salvo conduto para não agir em relação a um grande patrimônio de João Pessoa. “Queremos uma radiografia das ações que foram realizadas e das que serão implementadas”, destacou, fazendo um apelo para que o poder público salve a barreira.
O líder do Governo Municipal Helton Renê (PCdoB) disse que aquele era um problema crônico e disse que o poder público não pode agir de forma irresponsável, sem os estudos e aparatos adequados.
A audiência contou a participação de vereadores, secretários do município, deputados, representantes de órgão de controle e do meio ambiente, além da sociedade civil organizada. “O assunto deve ser discutido com ampla responsabilidade para que cheguemos às soluções para um problema crônico”, comentou o deputado.