Klara Castanho: famosos se solidarizam após atriz relatar gravidez causada por estupro

Famosos se solidarizaram com a atriz Klara Castanho, de 21 anos, que publicou um relato em suas redes sociais em que disse que foi estuprada, engravidou e decidiu entregar o bebê diretamente para adoção.

“Te amo para sempre. Estou com você”, escreveu a atriz e apresentadora Maisa, ao comentar o post de Klara no Twitter.

“[…] Estarei sempre ao seu lado. […] Sinta-se acolhida por tds q te respeitam. É o que importa sempre, focar no respeito, amor e na justiça ❤️”, escreveu no Twitter a atriz Paolla Oliveira, com quem Klara atuou na novela Amor à Vida, de 2013.

“Klara, não há o que falar, não há o que pensar. […] Você está se transformando numa mulher incrível e merece ser feliz. Fica bem. Estamos contigo ❤️”, escreveu a atriz Fernanda Paes Leme.

A cantora e ex-BBB Pocah escreveu “[…] Você não está sozinha. FORÇAS”, também respondendo ao post de Klara no Twitter.

Entenda o caso

A publicação foi feita na noite deste sábado (25), após o assunto se tornar um dos mais comentados nas redes sociais. “Não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e um trauma que sofri.”

Klara escreveu uma carta aberta em que conta sobre a violência sofrida e suas consequências. “Esse é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo”, afirma.

“Fui estuprada. Relembrar esse episódio traz uma sensação de morte, porque algo morreu em mim. Não estava na minha cidade, não estava perto da minha família nem dos meus amigos”, diz a atriz.

A artista conta que não fez boletim de ocorrência na ocasião por se sentir envergonhada e culpada. “Tive a ilusão de que se eu fingisse que isso não aconteceu, talvez eu esquecesse, superasse. Mas não foi o que aconteceu. As únicas coisas que eu tive forças para fazer foram: tomar pílula do dia seguinte e fazer alguns exames”, conta. “Somente a minha família sabia o que tinha acontecido.”

Meses depois, segundo seu relato, ela começou a se sentir mal e, em meio a exames, descobriu a gravidez já em estado avançado. “Foi um choque, meu mundo caiu. Meu ciclo menstrual estava normal, meu corpo também. Eu não tinha ganhado peso nem barriga”, diz.

Klara afirma que, durante uma consulta, foi obrigada pelo médico a ouvir o coração da criança, o que considerou uma nova violação.

“Naquele momento do exame, me senti novamente violada, novamente culpada. Em uma consulta médica contei ter sido estuprada, expliquei tudo o que aconteceu”, diz.

“O médico não teve nenhuma empatia por mim. Eu não era uma mulher que estava grávida por vontade e desejo, eu tinha sofrido uma violência. E mesmo assim, o profissional me obrigou a ouvir o coração da criança, disse que 50% do DNA eram meus e que eu seria obrigada a amá-lo.”

Pela lei brasileira, Klara teria direito a fazer um aborto legal. A atriz afirma, no entanto, que tomou a decisão de fazer uma entrega direta para adoção. A entrega voluntária para adoção está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e permite que uma gestante ou mãe entregue seu filho ou recém-nascido para adoção em um procedimento assistido pela Justiça.

Segundo Klara, a criança nasceu poucos dias depois de a gravidez ser descoberta. A atriz afirma que entrou em contato com uma advogada e fez todos os trâmites legais.

“Tudo que eu fiz foi pensando em resguardar a vida e o futuro da criança. Cada passo está documentado e de acordo com a lei”, afirma.

Do G1