Justiça ouvirá 14 réus no processo sobre organização criminosa em Cabedelo

As audiências da ‘Operação Xeque-Mate’ serão retomadas nesta segunda-feira (1º), em Cabedelo. Além dos nove réus do processo que investiga a denúncia da participação deles em uma suposta organização criminosa, cinco outros réus colaboradores deverão ser ouvidos, a pedido do Ministério Público da Paraíba. Na semana passada, foram ouvidas 18 pessoas, entre testemunhas de acusação (5) e defesa (13). As oitivas são coordenadas pelo juiz Henrique Jorge Jácome de Figueiredo, da 1ª Vara da Unidade Judiciária. Os trabalhos têm início às 8h30, nesta segunda.

A suspensão da sessão na última quarta-feira (26) e o consequente adiamento para esta semana ocorreu porque o Ministério Público entendeu ser necessário ouvir outros réus, de processos correlatos. Por isso, foi inserido entre eles, por exemplo, o ex-presidente da Câmara de Cabedelo e primeiro delator do caso, Lucas Santino. O magistrado entendeu que não seria necessário interrogar mais nenhuma testemunha, além das 18 já ouvidas. Foram relacionadas inicialmente 44 pessoas indicadas pela defesa e pela acusação.

Dos réus relacionados anteriormente, estão confirmados Marcos Antônio Silva dos Santos, Leila Maria Viana do Amaral, Jaqueline Monteiro França (ex-presidente da Câmara dos Vereadores e esposa de Wellington Viana) e Adeildo Bezerra Duarte Figueiredo da Silva, que respondem ao processo em liberdade. Já os réus Wellington Viana França (Leto Viana, ex-prefeito de Cabedelo), Antônio Bezerra do Vale Filho, Lúcio José do Nascimento Araújo, Inaldo Figueiredo da Silva e Tércio de Figueiredo Dornelas Filho estão presos. O Ministério Público já ofereceu outras cinco denúncias na ‘Operação Xeque-Mate’, todas aceitas pela Justiça.

Os nove acusados, segundo as denúncias, integravam uma organização criminosa no Município de Cabedelo que teria sido responsável por vários episódios criminosos, dentre eles a compra e venda do mandato do ex-prefeito José Maria de Lucena Filho (Luceninha) e a sua consequente renúncia ao cargo; irregularidades na Prefeitura e na Câmara de Vereadores, com contratação de servidores fantasmas; e esquema de recebimento de dinheiro desviado do salário dos servidores municipais.

Constam ainda nas acusações outras irregularidades, como o financiamento de campanha de vereadores; atos de corrupção envolvendo a avaliação, doação e permuta de terrenos pertencentes ao erário municipal, que beneficiava diversas empresas, bem como ações ilícitas para impedir a construção do Shopping Pátio Intermares, com a distribuição de valores ilícitos para vereadores, com atuação pessoal de Leto Viana. Com informações do Blog do Suetoni.