Justiça obriga Geusa a votar requerimento que poderia anular sua eleição; presidente recorre

O imbróglio envolvendo a legitimidade da atual Mesa Diretora da Câmara de Cabedelo está longe de ter um final. Uma decisão judicial obrigou a presidente Geusa Ribeiro a colocar em pauta requerimento que poderia anular a sua eleição como presidente da entidade.

Entretanto, o assunto não entrou em pauta na sessão dessa terça-feira (11). Geusa alegou que havia entrado com um recurso contra a decisão e propôs a votação de outro projeto de lei, apesar dos protestos dos pares.

Em nota publicada nesta quarta-feira (12), ela negou que tenha descumprido decisão judicial, pois havia avisando à juíza sobre o protocolo de um recurso de embargos declaratórios e que o “projeto de resolução mencionado sequer foi autuado e despachado na forma regimental para que pudesse constar no expediente e ser lido, tendo sido a Magistrada levada a acreditar que bastava ser recebido o projeto pela Secretaria da Casa Legislativa e, também, um requerimento de urgência-urgentissima, que faria automaticamente tramitar a matéria.”

Entenda

A vereadora Geusa Ribeiro foi eleita presidente da Câmara de Cabedelo no biênio 2019-2020 em votação relâmpago. Desta maneira, ela comandaria a prefeitura da cidade de janeiro a março de 2019, quando deve ocorrer as novas eleições municipais.

A proposta apresentada pelo vereador José Eudes (PTB) previa ainda a cassação dos vereadores afastados na Xeque-Mate e a posse dos suplentes. Para a composição da atual mesa diretora, já que 4 dos 5 componentes eleitos foram afastados e o nome que havia restado, Vitor Hugo, assumiu a prefeitura, Geusa colocou o nome à disposição durante a sessão para assumir a vacância na prefeitura e conseguiu se tornar presidente ainda no atual biênio.

A sessão é contestada pelo prefeito Vitor Hugo, que considera um “golpe”, e por vereadores e pela bancada governista.