Os vereadores de Cabedelo, Antônio do Valle, Jacqueline Monteiro França e Lúcio José – presidente da Câmara – além do professor Gleuryston Vasconcelos Bezerra Filho, Adeildo Bezerra Duarte, assessor especial da prefeitura, e Leila Maria Viana do Amaral tiveram as prisões mantidas na tarde desta terça-feira (3).

Antônio do Vale, Gleuryston Vasconcelos e Lúcio José foram encaminhados para o 5º Batalhão da Polícia Militar. Adeildo Bezerra foi levado para o Presídio do Róger.

A primeira-dama Jacqueline Monteiro e Leila Viana foram encaminhadas para 6ª Companhia da Polícia Militar, em Cabedelo.

Eles foram presos na Operação ‘Xeque-Mate’, deflagrada pelo Ministério Público da Paraíba e pela Polícia Federal com objetivo de desarticular esquema de corrupção na administração pública de Cabedelo, no âmbito dos poderes executivo e legislativo municipal.

Além deles, foram presos o prefeito Leto Viana e os vereadores Tércio Dornelas e Júnior Datele.

Marcos Antônio Silva dos Santos e Inaldo Figueiredo da Silva do Amaral também passarão por audiência de custódia ainda hoje.

Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de prisão preventivas, 15 sequestros de imóveis e 36 de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba. Além dos mandados, a justiça decretou o afastamento cautelar do cargo de 85 servidores públicos, entre eles o prefeito e o vice-prefeito de Cabedelo, e o presidente da Câmara Municipal.

Durante as investigações, ficou comprovado a participação das principais autoridades públicas do município que se beneficiavam do esquema de diversas formas, tendo registrado aumento patrimonial espantoso, muito acima do condizente com sua renda. Somente na aquisição de imóveis nos últimos cinco anos, verificou-se que um agente político envolvido movimentou mais de R$ 10 milhões à margem do sistema financeiro oficial.

Em um dos esquemas, foram detectados funcionários fantasmas da prefeitura e da câmara municipal que recebiam salários de até R$ 20 mil e entregavam a maior parte para as autoridades locais, ficando de fato com valores residuais.

Foram constatadas ainda doações fraudulentas de imóveis do patrimônio público municipal, bem localizados e de alto valor, para empresários locais sem que houvesse critérios objetivos para a escolha do beneficiado.

Os envolvidos responderão por formação de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude licitatória. O prefeito responderá ainda por crime de responsabilidade de prefeito.