A Justiça do Rio de Janeiro expediu, na tarde deste sábado (13), o alvará de soltura para o ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella (Republicanos). Ele teve a prisão domiciliar revogada na véspera pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
Crivella foi preso no dia 22 de dezembro, apenas nove dias antes de concluir seu mandato à frente da Prefeitura do Rio. A prisão foi decorrente do desdobramento da Operação Hades, deflagrada em março, que revelou a existência de um “QG da propina” na Prefeitura do Rio.
O alvará de soltura foi expedido pela juíza de plantão no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Paula Fernandes Machado. No documento, a magistrada reiterou que Crivella está proibido de sair do país e, por isso, deverá entregar seus passaportes à Justiça em até 48 horas.
Além disso, o ex-prefeito deverá comparecer periodicamente à Justiça. Ele também segue proibido de fazer contato com outros investigados na ação que apura o suposto esquema de corrupção na Prefeitura do Rio.
Tornozeleira eletrônica até a quarta-feira de Cinzas
Mesmo livre da prisão domiciliar, Crivella ainda usará tornozeleira eletrônica por mais alguns dias. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a retirada do dispositivo só deve acontecer na próxima quarta-feira (17).
Crivella estava em prisão domiciliar desde o dia 23 de dezembro. Preso na véspera, ele chegou a passar um dia no presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, mas foi transferido para casa por determinação do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins.
A prisão do ex-prefeito ainda no exercício do cargo foi determinada pela desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita. Em seu despacho, a magistrada afirmou que Crivella comandava uma organização criminosa dentro da prefeitura.
Além de Crivella, também foram presos na mesma ocasião:
- Rafael Alves, empresário apontado como operador do esquema;
- Fernando Moraes, delegado aposentado;
- Mauro Macedo, ex-tesoureiro da campanha de Crivella;
- Adenor Gonçalves dos Santos, empresário;
- e Cristiano Stockler Campos, empresário.
Todos os alvos da operação foram denunciados pelo Ministério Público do RJ pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva.
Do G1