Julian Lemos ironiza facada em Bolsonaro e diz que PSL é máquina milionária

Um áudio vazado durante a reunião entre membros do PSL de Aracaju (SE) com a presença do vice-presidente nacional e deputado federal Julian Lemos (PSL-PB), repercutiu após declarações polêmicas. O deputado paraibano ironizou a facada que o presidente Jair Bolsonaro levou durante a campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG), no ano passado.  A gravação ocorreu em agosto deste ano.

O assunto que seria debatido durante reunião era o apoio de Julian a mudança no comando do partido em Sergipe, que passaria a ser comandado pelo deputado estadual Rodrigo Valadares (PTB), que apoiou o ex-candidato a presidência pelo PT, Fernando Haddad.

Ex-coordenador de campanha de Jair Bolsonaro no Nordeste, Julian Lemos ironizou em áudio vazado, a facada sofrida pelo presidente durante a campanha e afirmou que o partido se tornou uma máquina milionária e que a “onda” que elegeu Bolsonaro não se repetirá.

“Aquela onda Bolsonaro só existiu por vários fatores, desde facada ao anti-PT, o discurso do bandido bom é bandido morto tem limite”, pontuou o deputado.

“Hoje o PSL acredita que essa onda de Bolsonaro não existe mais, não existe mais nunca. Pode existir uma organização partidária, os conservadores começam a brotar, teve um conjunto de situações que elegeu o presidente, o presidente ao chegar lá não tá sendo fácil”, expressou.

Para dizer que já sofreu traições, Julian faz menção à facada que Bolsonaro levou durante a campanha eleitoral em Juiz de Fora, desferida por Adélio Bispo em setembro do ano passado, que o tirou da campanha de rua e dos debates nos veículos de comunicação.

“Jair não levou mais facada do que eu. Jair levou uma, eu levei umas cinquenta e estou bem e tirando o cabelo da testa”, disse Julian.

O deputado federal mencionou o fundo partidário e diz que o PSL virou uma máquina milionária. Ele chegou a questionar a autoridade do chefe do Executivo ao afirmar que quem manda é o Congresso e que se um representante do PT quisesse não seria rejeitado por Bolsonaro, pois o presidente está fazendo política.