Julian Lemos avalia efeitos da PEC Kamikaze e prevê Brasil falido em 2023

O deputado federal Julian Lemos afirmou, nesta segunda-feira (11), que o próximo presidente da República vai pegar um país literalmente falido. Em entrevista ao programa F5, da Rádio Pop (89,3 FM), o parlamentar disse que a aprovação da chamada PEC Kamikaze (proposta de emenda à Constituição – PEC 1/2022), que prevê a liberação de gastos do Governo Federal e a criação de novos benefícios sociais em pleno ano eleitoral, tornará o Brasil ingovernável a partir de 2023.

“Quem pegar o Brasil em 1o de janeiro de 2023 vai pegar o país falido, independente do eleito ser Lula ou Bolsonaro. Eu nem quero está nos couros de quem for presidente no próximo ano”, pontuou Julian, acrescentando que a PEC Kamikaze “vai estourar todas as regras em termos de responsabilidade fiscal”.

Apesar de apontar os malefícios da proposta apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), Julian disse que votará favorável a aprovação da PEC, que deve ser votada no plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (12). “Vou votar para que as pessoas recebam os benefícios”, adiantou o parlamentar paraibano.

Na visão de especialistas em contas públicas, a PEC Kamikaze traz uma contradição: se por um lado propõe trazer alívio ao bolso da população mais vulnerável economicamente, por outro poderá agravar a situação financeira das famílias. Isso porque traz um impacto de R$ 41,25 bilhões nas contas do governo federal, provocando uma deterioração fiscal.

O plano do governo Bolsonaro, a três meses das eleições, prevê turbinar o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600; zerar a atual fila de 1,65 milhão de famílias que esperam integrar o programa; dobrar o valor do vale-gás recebido bimestralmente, para R$ 120, e ampliar os recursos para o programa Alimenta Brasil (que financia a aquisição de alimentos para doação a famílias de baixa renda).

O texto da PEC também prevê a criação de um auxílio de R$ 1 mil para caminhoneiros autônomos, a autorização do repasse de R$ 2,5 bilhões para bancar gratuidade de idosos no transporte público urbano, a autorização de até R$ 3,8 bilhões em subsídios ao etanol e a criação de um auxílio para taxistas até o limite de R$ 2 bilhões.

Assista abaixo a entrevista completa