Julian chama Moacir de “boneco de ventríloquo” e acusa Romero de querer tomar partido

Racha no PSL da Paraíba. Após a filiação de cerca de 100 novos membros no diretório estadual do partido por mobilização do deputado estadual Moacir Rodrigues, o deputado federal Julian Lemos, presidente da legenda na Paraíba, lançou uma nota com alegações pesadíssimas e ameaçando, inclusive, expulsar Moacir do PSL.

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Ele chamou ainda Moacir de “boneco de ventríloquo”, se referindo ao seu irmão Romero Rodrigues (PSDB), prefeito de Campina Grande, como o suposto manipulador. Julian sugeriu que, através de “notinhas” e contestações à validade do diretório estadual do partido, Romero queria assumir a direção do partido na Paraíba.

Durante a nota, Julian desautorizou Moacir a realizar reuniões e filicações e massas e ainda ameaçou expulsar o parlamentar da legenda.

Leia a nota na íntegra:

O Diretório Estadual do PSL na Paraíba, por meio do seu Presidente Julian Lemos, vem, esclarecer que:

Veiculam na mídia que o PSL teria, por movimento ilegítimo e ardiloso, capitaneado por Moacir Rodrigues, durante o final de semana, filiado varias lideranças comunitárias com o objetivo de fortalecer a legenda.

É clarividente que o pretexto da reunião soa legítimo e alvissareiro ao partido. Entretanto, é sabido por todos que gravitam na política paraibana, que o membro insurgente, usado como boneco de ventríloquo de força política famíliar-superior, tenta ocupar a direção estadual do partido por meio de “notinhas” da imprensa e a reboque disso postagens mentirosas dando conta que o órgão diretivo estadual teria caducado; inverdade que se desfaz com uma rasa consulta ao site do TSE que atesta a vigência do diretório legítimo, tendo Julian Lemos como Presidente Estadual. A forma, não nos impressiona, esse tipo de política rasteira é própria do grupo político do desertor.

A alegação de expansão sem consulta à Presidência Estadual nos causa estranheza, pois o PSL/PB encontra-se em plena expansão desde que a atual diretoria assumiu o partido antes do pleito de 2018, quando obteve exitoso desempenho nas urnas, elegendo 1 deputado federal, 2 deputados estaduais e diversos outros suplentes.

Assim, nenhum membro, além do Presidente Estadual ou filiado com podres outorgados por este, tem o direito legal de convocar reuniões ou convenções para promover filiações em massa, muito menos, para causar motim e inflar militantes com o intuito de trazer instabilidade partidária e tentar assumir direção de forma ilegítima, contra o estatuto partidário.

Por fim, esclarece-se que, esse tipo de movimento é, inclusive, ensejador de sanção partidária cominatória de expulsão aos que querem por força reacionária e desleal assumir postos partidários de maneira indevida e ao arrepio das normas partidárias.

Julian Lemos
*Presidente Estadual do PSL/PB