João vê ciúmes em demissão de Mandetta e dispara: “em outros países se unem, no Brasil vira crise política”

Para o governador João Azevêdo (Cidadania) houve resquícios de ciúme na demissão do ministro Luiz Henrique Mandetta por parte do presidente Jair Bolsonaro. O gestor estadual criticou, na noite desta quinta-feira (16) em entrevista ao programa ’60 Minutos’ da Arapuan FM, a retirada do agora ex-ministro da pasta, que vinha fazendo uma condução tida como acertada da crise causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

+ Bolsonaro demite Mandetta do Ministério da Saúde; oncologista Nelson Teich vai assumir o cargo

“É uma pena. Uma pena que haja a saída do ministro, onde sairá também uma equipe inteira que estava atuando no enfrentamento ao coronavírus, que é algo gravíssimo. Em todos os países as pessoas se unem para tentar resolver e enfrentar, no Brasil se cria uma crise política enorme, até de ciúmes, que leva a demissão de um ministro, fico preocupado”, afirmou João.

+ Novo ministro da Saúde disse que jovens precisam ser tratados em detrimento de idosos

O governador comentou que é adepto da teoria de que ninguém é insubstituível, mas há os momentos exatos. “É um momento extremamente delicado”, destacou o Chefe do Executivo estadual com relação ao período que enfrentamos de pandemia.

+ Deputado Efraim Filho lamenta demissão de Mandetta: ‘tem postura técnica e íntegra’

Comitê Científico do NE

João informou ainda que estava em uma reunião por videoconferência do Comitê Científico do Consórcio Nordeste.

“Existem 700 pesquisadores envolvidos nesse comitê, são 50 entidades envolvidas, além de técnicos trabalhando gratuitamente para que a gente possa ter a informação científica correta e adequada para orientar os governadores do Nordeste na tomada de decisões”, explicou o governador.