João participará de nova reunião com Alcolumbre e Maia para debater Previdência

O governador João Azevêdo (PSB) confirmou, nesta sexta-feira (28), presença na reunião que está marcada com governadores, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), para tratar sobre a votação da reforma da Previdência. O encontro acontece na próxima terça-feira (2), em Brasília, com objetivo de se chegar a um consenso.

De acordo com João, os governadores tentam uma alternativa que retire os pontos controversos da proposta e que possam gerar novas receitas para os estados no intuito de minimizar o déficit.

“No Brasil hoje, a soma de todos os déficit estaduais chega a R$ 80 bilhões. Na Paraíba, temos um déficit de R$ 1,2 bilhão por ano. Então nós precisamos de novas fontes. E essas fontes podem vir de onde? A partir da cessão onerosa, a partir do bônus por assinatura de contrato de petróleo, do projeto de securitização, que está para ser aprovado, da PEC 51, que trata da ampliação do valor do FPE”, afirmou o governador.

No primeiro encontro, os governadores pediram a retirada das questões da desconstitucionalização, da capitalização, do tratamento do trabalhador rural igual ao do trabalhador urbano, além da questão do BPC.

“E isso o relator concordou em retirar do relatório. Entretanto, nós fomos surpreendidos outro dia com a saída dos estados e municípios da reforma”, disse.

Primeiro relatório

O socialista ressalta que o primeiro relatório não contou com aval dos governadores nem com o apoio de deputados para que fosse aprovado. “Eu tenho certeza que se nós encontrarmos a equação que retira os pontos controversos e se cria uma condição para a gente reduzir esse déficit dos estados, se cria um ambiente para que se volte a discutir internamente e saber qual é a posição”, declarou João.

PSB na questão

Conforme governador, o seu partido, o PSB já marcou uma reunião antes da votação para discutir novamente o projeto da reforma da previdência e direcionar movimentações.

“A gente não pode fazer com que o preço seja pago por quem ganhe menos. Mas acho que é possível sim encontrar um meio termo que interesse a estados, municípios e União”, afirmou João.