João nega recebimento de valores citados por Livânia e diz: “sabia que retaliações aconteceriam”

O governador João Azevêdo tratou, nesta segunda-feira (13), sobre trechos da delação premiada da ex-secretária Livânia Farias que citam seu nome, e o colocam como recebedor de R$ 120 mil da Cruz Vermelha durante período de pré-campanha em 2018. O gestor negou qualquer recebimento e autorização para que recebessem recursos ilegais de campanha.

“Jamais recebi recursos de quem quer que seja. É importante entender isso. O que eu vi no documento é que ela cita recursos destinados para despesas de campanha. Jamais recebi recursos de quem quer que seja para fazer uso pessoal. A campanha foi bancada com recursos do partido. Eu jamais autorizei alguém recebesse recursos ilegais para bancar essas despesas”, afirmou.

João rechaça qualquer tipo de envolvimento com práticas citadas por Livânia, em depoimentos que integram uma delação premiada. O governador também deixou claro que já esperava represálias de nomes que foram exonerados do atual governo.

“A mim cabia, como candidato, estar no mundo rodando, como rodei quarenta mil quilômetros a Paraíba. Não cuidava dessa área financeira. Havia uma coordenação e uma estrutura que cuidava disso. Agora, infelizmente os termos usados fazem, de forma equivocada uma ligação, jamais recebi mensalão de ninguém. Eu tenho uma história nesse estado”, afirmou.

Entenda

A ex-secretária Livânia Farias durante depoimento, que integra seu acordo de delação premiada no âmbito da Operação Calvário, disse que o então candidato a governador João Azevêdo recebeu valores de R$ 120 mil entre abril e julho do ano passado, após saída da pasta que geria no Governo do Estado.