João garante que fim do racionamento não acarretará colapso em CG

João garante que fim do racionamento não acarretará colapso em CGUma discussão técnica, matemática e sem “achologia”. Assim o secretário de Recursos Hídricos do Estado, João Azevedo, defende o fim do racionamento em Campina Grande e responde aos críticos.

“Essa discussão é técnica. Isso é uma conta. Isso é uma operação matemática. Não há outra discussão, porque a ciência da achologia não funciona”, declarou.

João explicou que existem seis estações de bombeamento no Eixo Leste e cada estação contém duas bombas, que se em operação as duas, elas jogam no município de Monteiro uma vazão de aproximadamente 9m³/s.

A vazão que chega hoje, em Monteiro, é de 3,2m³/s e a que chega em Boqueirão é de 2,62m³/s. O que se precisa tirar para abastecer toda a população de Campina Grande e região é apenas 1,3m³/s, o que representa a metade do que chega, atualmente, no açude de Boqueirão.

“É importante que as pessoas fiquem com a informação correta. Existe hoje, em operação uma única bomba em cada estação porque as outras passam por manutenção, e, segundo o Ministério da Integração, dentro de vinte dias voltarão a operar”, disse.

O secretário explicou ainda que, considerando a evaporação de 0,25 e a irrigação para o plantio de subsistência autorizada por 8 horas e meia no período da tarifa verde, a informação, mais uma vez, é feita de forma equivocada quando o Ministério da Integração diz que para liberar o uso difuso se precisaria ter 90 milhões de metros cúbicos, e as pessoas que não são da área misturam e acham que para liberar o racionamento precisaria desse mesmo número.
Para João, com essas informações, não justifica que tenha sido liberado mais um dia para o racionamento.

“Essa é uma discussão equivocada, porque ela é meramente técnica. Se não há informação suficiente para tirar do racionamento, também não se justifica a liberação de mais um dia de racionamento como foi liberado aos domingos”, destacou.

João assegurou que as condições técnicas permitem o fim do racionamento sem risco de colapso, pois quem autorizou o Governo do Estado a fazer essa ação foi a Agência Nacional de Águas. Ele ainda ressaltou que quem mais se prejudica com a decisão da continuidade do racionamento é a população.

“Se a determinação do Ministério Público for pelo racionamento, quem fica prejudicada é a população. Nós esperamos que o processo que está em curso, que a liminar seja cassada e a gente possa fazer com que o povo tenha direito a água, um direito básico. E foi para isso que a transposição foi construída”, lembrou.