“Estou aqui para dizer que não serei fantoche de quem quer que seja”. A afirmação é do governador João Azevêdo (PSB), que estava afiado na manhã desta sexta-feira (13) durante agenda no Brejo paraibano. Ao tratar sobre o tema da reforma da Previdência no Estado, o gestor destacou que não será irresponsável ao ponto de quebrar o Estado, já que a adequação é uma obrigação imposta pela legislação aprovada em Brasília.
“A discussão de demagogia, da hipocrisia, eu não faço. Sou governador do Estado, tenho responsabilidade para com o Estado e com toda população, e não vou quebrar esse estado simplesmente para fazer demagogia, para dizer que não precisa fazer reforma. Precisa fazer essa reforma, essa adaptação por conta da legislação, precisa fazer a previdência do Estado, precisa ser cuidado. Estou para governar, não estou para fazer acordo com meia dúzia, como queriam que fizessem. Estou aqui para dizer que não serei fantoche de quem quer que seja. Vou continuar governando esse estado, tomando as decisões”, afirmou João.
O discurso
O governador explicou que todos os estados e municípios serão obrigados a adequar suas previdências a regra que foi estabelecida pela PEC de Brasília. “O que fizemos foi encaminhar para a Assembleia uma alteração que faz com que a Paraíba continue a receber e ter o certificado de regularidade, porque se não fizer a partir de março ou abril não terá mais o certificado do Instituto de Previdência, e será o caos”, esclareceu.
João também expôs a contradição de alguns ex-aliados com relação ao tema previdenciário. Ele citou que pessoas que a poucos meses faziam parte do governo – “que estavam trabalhando e outros nem tanto” – hoje vão na imprensa e nas mídias dizer que o governo está querendo prejudicar os servidores.
“O mais interessante são essas pessoas que vão em Pernambuco, que é governado pelo PSB, partido que eu pertencia, e que estão aprovando a reforma igual a que estamos apresentando. Como também vão no Espírito Santo, governado pelo PSB, e que aprovou a reforma como a que estamos apresentando”, disse João. “É muito fácil fazer um discurso no Espírito Santo, em Pernambuco, achando que ninguém vai saber. Não se trata de partido político, no Maranhão, governador pelo PCdoB já aprovou sua reforma. Na Bahia já cobra há mais de 10 anos os 14%, governado pelo PT. O Ceará que também é governado pelo PT já cobra 14% há anos. Não se trata de partido ou ideologia partidária, é uma necessidade por conta da legislação que foi aprovada em Brasília”, completou.
Para finalizar, João destaca o esforço do Governo do Estado para fazer o melhor para os servidores. “Lutamos muito para que essa reforma não fosse injusta”, encerrou o gestor..