João: erosão acelerada da barreira do Cabo Branco é fruto de omissão e ações equivocadas; ouça

O ex-secretário de Infraestrutura da Paraíba e pré-candidato ao Governo do Estado, João Azevêdo (PSB), durante visita à Barreira do Cabo Branco, que se encontra em alto grau de erosão após anos de falta de ação dos poderes públicos responsáveis, avaliou a situação do local. Segundo João, o problema do local não é apenas a omissão, mas também um curso de ação que acelerou a deterioração da barreira.

“É importante entender que este processo que hoje a falésia do Cabo Branco passa é em função exatamente da falta de ação. Primeiro, de manutenção; depois, vimos aqui claramente ações que provocaram e aceleraram um processo. Você asfaltar a linha d’água e acabar com este elemento de drenagem já é preocupante. Porque a água quando cai no asfalto, passa por cima da calçada e desce pela barreira provocando a erosão em cima da barreira. Quem trabalha em estrada sabe muito bem que, em todas as estradas onde você tem uma barreira, existe uma calha de drenagem na crista da barreira. Essa calha daqui sequer é dada manutenção, verifiquem como está completamente obstruída. Qualquer chuva que cai nesta área, a água procura sair e ela vai sair provocando erosão na falésia”, disse.

Segundo o socialista, existia um projeto, ainda da época em que o atual governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) era prefeito de João Pessoa, que previa intervenções na drenagem e no sopé da barreira, bem como estruturas no mar para causar a diminuição da força e a velocidade de impacto do mar no sopé.

“Havia até recursos na conta, do orçamento geral da União. Esse projeto foi esquecido e era orçado à época em R$ 13 a R$ 14 milhões de reais. Ele foi abandonado e foi iniciado um novo projeto que está em elaboração ainda e não tem licenciamento ambiental e que se fala que custará R$ 100 milhões de reais. Não entendo como se troca um projeto que tem hoje custo atualizado de R$ 30 milhões por um de R$ 100. Segundo que tive a oportunidade ver a proposta que está sendo apresentada, que é um grande muro de pedra no mar e o impacto ambiental extremo que vai provocar aqui precisar ser discutido. A população precisa conhecer essa proposta que a prefeitura [na atual gestão de Luciano Cartaxo] disse que vai fazer e até agora não fez. O que constatamos aqui, nada mais é, que o abandono de um ponto importante [da cidade]”, finalizou.

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