João denuncia tentativa de Romero de privatizar Cagepa em CG e lembra delações da Odebrecht

Azevedo tranquiliza a população e afirma que obras em barragens podem ser feitas mesmo com bombeamento

O secretário de Infraestrutura e pré-candidato do PSB ao Governo do Estado, João Azevêdo, voltou a dizer que a movimentação feita pelo prefeito Romero Rodrigues (PSDB) em Campina Grande para municipalizar o serviço de água na cidade é um pretexto para a privatização da Cagepa. João lembrou as articulações feitas pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB) durante a campanha eleitoral de 2014, que foram reveladas por delatores da construtora Odebrecht.

“Espero que a municipalização não venha por trás do grande desejo da privatização, que este é o grande sonho como alguns de Campina Grande tentaram fazer. O próprio senador Cássio discutiu isso: de que iria privatizar a Cagepa. Como não está agora no Governo do Estado, Campina Grande discute a municipalização, que é o primeiro passo para a privatização da água em Campina. É preciso que se tenha uma discussão muito aberta com relação a isso”, comentou.

João perguntou se a Cagepa será indenizada por todo o investimento em rede de esgoto e distribuição de água no município, caso o serviço de água seja realmente municipalizado. Questionou, também, como pode ser municipalizado um serviço cujo a fonte hídrica e a estação de tratamento sequer ficam na cidade em questão.

“Quando se fala da privatização, será que a prefeitura de Campina Grande vai indenizar a Cagepa totalmente por todo o investimento que é feito? Como é que Campina vai municipalizar uma água que sequer a fonte é em Campina, é em Boqueirão, sequer a estação de tratamento é lá, é em Gravatá”, indagou.

Azevêdo ainda alfinetou também o prefeito de João Pessoa Luciano Cartaxo (PSD), ao citar negociação com o Banco Mundial visando a captação de U$ 138 milhões de dólares para um projeto de reforço do sistema de abastecimento de água e esgotamento na Paraíba. O secretário revelou que está previsto a universalização do esgoto em João Pessoa com a construção de uma nova estação de tratamento.

“Quando Ricardo Coutinho era prefeito desta cidade, nós fizemos 75 mil metros de rede de esgoto, mesmo não sendo a obrigação direta do município, mas nós entendemos que é uma ação que precisa ser feita e ter um olhar diferenciado porque reflete na saúde e na qualidade de vida da população. Quantos metros a prefeitura fez nestes últimos seis anos? Zero. Não tem um único metro”, finalizou.

As falas do pré-candidato foram dadas ao programa radiofônico ‘Correio Debate’, da Correio FM.