João Carlos Beltrão é o grande homenageado da terceira edição do Festissauro

Daqui a algumas semanas, acontece a terceira edição do Festival Audiovisual do Vale dos Dinossauros (Festissauro), realizado na cidade de Sousa, Sertão da Paraíba. O festival, que acontece entre os dias 16 e 20 de agosto, tem como principal homenageado o diretor de fotografia João Carlos Beltrão.

O paraibano é natural de João Pessoa, criado em Alagoa Grande, no Brejo Paraibano. Seu currículo traz mais de 50 produções audiovisuais, dentre curtas e longas-metragens. Ele assina a direção de fotografia de Tudo Que Deus Criou, de André da Costa Pinto, primeiro longa-metragem paraibano a conseguir entrar no circuito comercial nacional.

Formado em jornalismo pela UFPB, atua desde 1997 como técnico em audiovisual no campus João Pessoa do IFPB, se especializando na captação de imagens videográficas. Mas é fora do trabalho “oficial” que ele se realiza artisticamente, também trabalhando com o vídeo. “Tenho a sorte de poder ter um emprego que me dê o sustento necessário para investir nos projetos em que acredito”, comentou João Carlos Beltrão.

Além de ser sócio da produtora Pigmento Cinematográfico, tem no currículo trabalhos como direção ou assistência em direção de fotografia em filmes como Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes, O Engenho de Zé Lins, de Vladimir Carvalho, Antoninha, de Laercio Ferreira Filho, O Terceiro Velho, de Marcus Vilar, O Plano do Cachorro, de Arthur Lins, e Redemunho, de Marcélia Cartaxo, recentemente premiado como Melhor Filme no Cine PE.

Ao receber a homenagem do festival, João Carlos afirma que ficou feliz e que possui conexão com o povo de Sousa e das regiões vizinhas. “Tenho proximidade com o Sertão paraibano e com o povo de Aparecida e Sousa, através da Acauã Produções Culturais, que é parceira do Festissauro. Acredito que esse festival tem um papel bastante importante para difundir a produção cinematográfica paraibana. Acho que pode suprir parte da lacuna deixada após o encolhimento do Comunicurtas enquanto janela de difusão do audiovisual paraibano”, opina o diretor de fotografia.

Apesar de ter um currículo vasto com produções de curta duração, atualmente, João Carlos está com dois longas-metragens no forno: O Tempo Feliz que Passou, repetindo mais uma vez a parceria com o diretor André da Costa Pinto, e Rebento, do ator, cantor e diretor André Morais. “Tenho a sorte de ter feito vários trabalhos com os mesmos diretores, o que me permitiu aperfeiçoar a visão artística conjunta com eles, entendendo melhor como pegar as ideias da cabeça deles e transformá-las em belas fotografias”, comentou.