Jackson minimiza crítica de RC a Lula e não garante apoio a ‘ungido’ do ex-governador

O presidente do PT na Paraíba, Jackson Macêdo, minimizou a crítica do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) ao ex-presidente Lula. O socialista afirmou que Lula deveria trabalhar para aglutinar uma frente ampla de setores progressistas, mas estava agindo como um chefe de partido ao defender o PT como cabeça de chapa nas principais cidades do Brasil. Para Jackson, foi uma fala normal da política. O dirigente foi além e disse concordar com a avaliação de Ricardo.

“Isso é política. Uma crítica aqui ou acolá, uma fala aqui ou acolá [são normais]. De forma alguma [abala a aliança entre PT e PSB na Paraíba]. Eu, particularmente, acho que o presidente exagerou na fala. Eu sou daqueles que acha que o PT tem que formar frentes amplas em várias capitais e em cidades importantes para vencer as eleições. Essa hegemonia do PT para disputar eleições por disputar, isso já foi derrotado no partido”, afirmou.

+ Folha de São Paulo repercute críticas de Ricardo Coutinho ao ex-presidente Lula

Jackson fez uma avaliação do cenário nacional e citou exemplos de cidades importantes em que nomes de outras legendas estão melhor posicionados do que lideranças do PT.

“Eu defendo que no Rio de Janeiro a gente apóie Marcelo Freixo (PSOL);  em Porto Alegre, Manuela Dávila (PCdoB); Edmilson [Rodrigues] (PSOL) lá em Belém; Requião (MDB) em Curitiba; Ricardo Coutinho (PSB) em João Pessoa. O PT tem que entender que aonde companheiros do campo estiverem melhor situados que os nossos candidatos, a gente tem que apoiar”, avaliou.

Cenário em João Pessoa

Jackson Macêdo garantiu que a escolha do candidato a prefeito em João Pessoa passará diretamente pela deliberação da presidente do PT de João Pessoa, Giucélia Figueiredo. Entretanto, ele vê com bons olhos o nome de Gervásio Maia (PSB), provável candidato do PSB em João Pessoa, assim como outros nomes do próprio PT.

“Esse debate vai ser feito ainda. Mas, na minha opinião, nós temos um compromisso com Ricardo, por tudo que ele representa na Paraíba, o que ele fez em nível nacional e a relação que temos com ele. Agora, se ele colocar outro candidato, temos que sentar e avaliar se [o PT] apóia ou não. Porque às vezes o candidato que ele apresenta está menos situado que o candidato do PT”, concluiu.