Ipespe é alvo de investigação do Ministério Público Federal por manipular pesquisa

O Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), o mesmo que realizou a pesquisa divulgada neste sábado (16) pelo Jornal da Paraíba sobre a sucessão estadual, está sendo investigado pelo Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF/PE) por supostas irregularidades. A informação consta no site do próprio MPF-PE e chegou a ganhar repercussão nacional, após a notícia ser publicada na versão eletrônica da Folha de S. Paulo, no último dia 21.

Em Pernambuco, o Ipespe está sendo investigado pelo MPF por manipular uma pesquisa com o intuito de induzir a opinião pública à aprovação do projeto Novo Recife, alvo de protestos por várias entidades, que prevê a construção de 13 torres de até 40 andares no Cais José Estelita, área central da cidade.

“O Ministério Público Federal em Pernambuco instaurou procedimento com o objetivo de apurar notícias de irregularidades referentes a propagandas do Projeto Novo Recife, veiculadas na mídia, e ao resultado de pesquisa de opinião realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe)”, diz trecho da matéria publicada na Folha, que traz a seguinte manchete: “MPF apura suspeita de propaganda enganosa do Projeto Novo Recife”

Segundo vídeos divulgados pelo Consórcio Novo Recife, uma pesquisa do Ipespe, realizada em junho, indica que o projeto tem mais de 80% de aprovação dos residentes na região. O consórcio divulga depoimentos favoráveis ao projeto, entre outros, de líderes comunitários, do pároco de São José, Padre José Augusto, do urbanista José Luiz da Mota Menezes, do presidente do bloco Galo da Madrugada, Rômulo Meneses, e de Jorge Roma, ex-presidente da CUT-PE.”, completa a matéria da Folha.

Em seu site, o Ministério Público Federal em Pernambuco explica que a finalidade da investigação contra o Ipespe “é proteger o direito fundamental dos cidadãos à informação e à apresentação verdadeira do anúncio”.