Inglaterra anuncia lockdown para conter segunda onda da pandemia

Reino Unido, que tem o maior número oficial de mortes causadas pelo COVID-19 na Europa, está enfrentando mais de 20.000 novos casos de coronavírus por dia

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou neste sábado (31) que a Inglaterra adotará novamente lockdown, com duração de um mês, a partir da próxima quinta-feira (5) por conta da segunda onda massiva de infecções pelo novo coronavírus que ameaça sobrecarregar o serviço de saúde. Também neste sábado, o Reino Unido ultrapassou a marca de um milhão de casos de covid-19.

O Reino Unido, que tem o maior número oficial de mortes causadas pelo COVID-19 na Europa, está enfrentando mais de 20.000 novos casos de coronavírus por dia e os cientistas alertaram que o “pior cenário” de 80.000 mortos pode ser alcançado.

Em entrevista coletiva convocada às pressas em Downing Street depois que a notícia de um bloqueio vazou para a mídia local, o premiê afirmou que o bloqueio será menos restrito que o adotado em março e abril.

“As medidas que desenhei são muito menos restritivas, embora receie que, a partir de quinta-feira, a mensagem básica seja a mesma: fique em casa, proteja o NHS [sistema de saúde britânico] e salve vidas”, declarou.

De acordo com Johnson, as escolas não serão fechadas. As pessoas devem trabalhar de casa e minimizar o contato. Pubs, bares e restaurantes devem fechar, exceto para serviços de retirada e de entrega. “Temos que encontrar o ponto de equilíbrio”, disse.

O bloqueio começa um minuto após meia-noite de quinta-feira e deve durar até o dia 2 de dezembro.

Em algumas das restrições mais onerosas da história dos tempos de paz da Grã-Bretanha, as pessoas só poderão sair de casa por motivos específicos, como educação, trabalho, exercícios, compras de itens essenciais e remédios ou cuidar dos vulneráveis.

“Agora é a hora de agir porque não há alternativa”, disse Johnson, acompanhado por seu médico-chefe, Chris Whitty, e seu consultor científico-chefe, Patrick Vallance.

Do R7