IA, ChatGPT e iOS 18: saiba todas as novidades anunciadas pela Apple

Foto: Reprodução/Apple

Apple revelou nesta segunda-feira (10) o Apple Intelligence, conjunto de recursos para iPhone, iPad e Mac focado em inteligência artificial (IA). Ele inclui, por exemplo, uma integração da assistente Siri com o ChatGPT, robô conversador da OpenAI.

O anúncio foi feito na WWDC 2024, evento da empresa para desenvolvedores que também serviu para apresentar outras novidades nos sistemas para iPhone, Apple Watch, iPad, Mac e Vision Pro.

As ações da Apple fecharam o dia com queda de 1,9%, indicando que investidores não reagiram bem aos anúncios. A empresa tem um histórico negativo em dias de WWDC e terminou o pregão em baixa em 8 das últimas 10 edições da conferência, segundo levantamento da CNBC.

A integração do ChatGPT com o iPhone poderá ser usada para responder a comandos na Siri e criar textos ou imagens. Mas, para garantir privacidade, a assistente sempre vai pedir autorização dos usuários para colocar o robô em ação.

A novidade será liberada ainda este ano para iOS 18, iPadOS 18 e macOS Sequoia e usará o GPT-4o, a versão mais recente do modelo de inteligência artificial da OpenAI, que se tornou mais rápido para ouvir, conversar e descrever objetos – saiba mais sobre o GPT-4o.

Segundo a Apple, a Siri recebe cerca de 1,5 bilhão de comandos por dia e, com a atualização, ficará “mais natural, relevante e pessoal”. A empresa disse que essa atualização marca “o começo de uma nova era” para a assistente.

iPhone ganhou integração com o ChatGPT em atualização para iOS 18 — Foto: Divulgação/Apple

iPhone ganhou integração com o ChatGPT em atualização para iOS 18 — Foto: Divulgação/Apple

Apple Intelligence

O Apple Intelligence deverá facilitar tarefas do dia a dia ao levar inteligência artificial para recursos de iPhone, iPad e Mac. O pacote de recursos poderá ser usado para:

  • 🎙️ Enviar comandos de texto e voz na Siri, que poderá analisar o que aparece na tela
  • ✍️ Reescrever mensagens com tom informal, profissional ou conciso, além de resumir textos em tópicos ou tabelas;
  • 📧 Encontrar informações importantes com opções de mensagens e notificações prioritárias – o sistema também ganhará um novo modo de foco em que analisará o conteúdo da notificação para saber se ela precisa de atenção imediata;
  • 📝 Resumir em tópicos o conteúdo de ligações e áudios gravados no aplicativo de notas;
  • 😊 Criar emojis a partir de comandos de texto com o novo recurso Genmoji, que pode se integrar com aplicativos de mensagens;
  • 🔎 Melhorar a pesquisa por fotos e vídeos ao permitir descrições nas buscas, como “Katie com adesivos em seu rosto”;
  • ❌ Remover objetos que aparecem no fundo de imagens;

 

Genmoji, recurso da Apple para criar emojis personalizados — Foto: Reprodução/Apple

Genmoji, recurso da Apple para criar emojis personalizados — Foto: Reprodução/Apple

iOS 18

O iOS 18 ganhou mais opções de personalização e permitirá exigir uma verificação por biometria para abrir certos aplicativos, uma opção para oferecer mais privacidade aos usuários.

A Apple também anunciou um gerenciador de senhas que reunirá informações de acesso a sites e aplicativos, além de oferecer alertas sobre senhas fracas, repetidas ou que já apareceram em vazamentos de dados.

Na tela inicial, os ícones de aplicativos poderão ser posicionados em qualquer lugar, sem obedecer a “grade” que deixa todos alinhados. Os atalhos também poderão ser exibidos nas cores escolhidas pelos usuários.

A Central de Controle, que reúne atalhos como Wi-Fi e Bluetooth, vai aceitar ícones de aplicativos de terceiros e permitirá organizar ícones em diferentes grupos e tamanhos. O iOS 18 também permitirá personalizar ícones que aparecem na parte inferior da tela de bloqueio.

O aplicativo Fotos, onde são armazenados os registros feitos com a câmera do iPhone, foi totalmente redesenhado para manter imagens mais organizadas. A nova versão consegue criar por conta própria pastas específicas só com fotos de pessoas, animais ou viagens, por exemplo.

Também está mais fácil visualizar fotografias tiradas hoje, ontem, por mês ou ano. E, assim como já faz o Google Fotos, no iOS 18, o app Fotos do iPhone pode classificar imagens por rosto.

Novo iOS 18 — Foto: Apple/Reprodução

Novo iOS 18 — Foto: Apple/Reprodução

watchOS 11

 

O watchOS 11, sistema do Apple Watch, ganhou um recurso que leva em consideração a intensidade e a duração de exercícios para avaliar seu desempenho com atividades físicas. A nova versão também analisa seus resultados com base no nível de esforço desejado.

O novo aplicativo Vitals permite visualizar informações da saúde ao longo da semana na tela inicial do Apple Watch. Ele também consegue exibir alertas sobre as métricas se identificar que algo não está bem.

iPadOS 18

 

Pela primeira vez, o iPad passa a ter aplicativo nativo de calculadora (incluindo a científica) a partir do iPadOS 18. O app é bem semelhante ao que já está no iPhone e suporta a caneta Apple Pencil.

O sistema também ganhou o recurso Math Notes, que funciona como um assistente para exercícios de matemática. Ele é capaz de oferecer respostas para atividades, entender variáveis e criar gráficos, por exemplo.

Math Notes, recurso do iPadOS 18 — Foto: Reprodução/Apple

Math Notes, recurso do iPadOS 18 — Foto: Reprodução/Apple

visionOS 2

 

A Apple também apresentou o visionOS 2, nova versão do sistema para seus óculos de realidade virtual Vision Pro. Segundo a empresa, há mais de 2.000 aplicativos criados especialmente para o dispositivo.

Entre as novidades, está um efeito que dá a sensação de profundidade em fotos comuns. Ele promete criar efeito que “transforma fotos em memórias 3D”, além de melhorias para entender gestões com a mão usados para navegar no sistema.

Os óculos também chegarão para outros 13 países, mas, por enquanto, o Brasil ainda não está na lista.

visionOS 2, sistema operacional para o Apple Vision Pro — Foto: Reprodução/Apple

visionOS 2, sistema operacional para o Apple Vision Pro — Foto: Reprodução/Apple

macOS Sequoia

 

Uma das principais novidades do macOS Sequoia é o recurso que navegar no iPhone pela tela do Mac. É possível, por exemplo, estudar em um aplicativo de celular enquanto as imagens e o som saem do notebook. Mas, como o app é customizado para celular, o Mac não consegue expandir a visualização.

Usando o iPhone no Mac — Foto: Reprodução/Apple

Usando o iPhone no Mac — Foto: Reprodução/Apple