História por trás dos dados: um cenário do cuidado com bebês prematuros na Paraíba

“Parece que o chão sai dos nossos pés, minha filha sair respirando já foi um milagre, então o cuidado todo da equipe vem como um acalento”, diz mãe de Eloá

(Foto: Francisco França)

A Paraíba registra apenas 11,5% de nascimentos de bebês prematuros, nascidos antes de 37 semanas de gestação, nos últimos três anos e meio. No total, são 21.641 partos de bebês prematuros no estado desde 2019.

Neste cenário macro, foram 18.894 nascimentos entre 32 a 36 semanas; 1.861 de 28 a 31 semanas; e 886 de 22 a 27 semanas. Por outro lado, nascidos entre 37 a 41 semanas registram 166.515 nascimentos.

Em 2019 foram 5.284 nascimento entre 32 a 36 semanas, 570 nascimentos de 28 a 31 semanas, e 233 nascimentos de bebês entre 22 a 27 semanas de gestação.

5.206 nascimentos entre 32 a 36 semanas, 490 nascimentos de 28 a 31 semanas, e 256 nascimentos de 22 a 27 semanas de gestação. Esses foram os números de bebês prematuros em 2020.

Já em 2021 foram registrados 5.182 nascimentos de bebês entre 32 e 36 semanas, 521 nascimentos de 28 a 31 semanas, e 244 nascimentos entre 22 e 27 semanas.

No ano de 2022, até agora, os nutemos são: 3.222 nascimentos entre 32 a 36 semanas, 280 nascimentos de 28 a 31 semanas, e 153 nascimentos entre 22 a 27 semanas de gestação.

Na média geral, os números dos nascimentos prematuros vem tendo uma baixa no estado, de acordo com os dados da Secretaria de Estado da Saúde. Fruto de campanhas de conscientização e assistências às mães, a projeção é seguir diminuindo esses números para proporcionar uma melhor qualidade de vida aos novos paraibanos e as mães.

Para Ana Fernandes, mãe da pequena Eloá, que nasceu com 35 semanas, o apoio da rede estadual de saúde foi imprescindível para ela estar com sua bebê nos braços hoje. A pequena Eloá já tem dois anos e meio, e está cheia de saúde.

“Foi muito difícil no começo. A gente sempre ouve falar, pesquisa sobre o assunto, vê os outros falarem, mas viver é muito diferente, muito mais complicado. Mas o apoio do hospital padeceu uma luz pra minha vida e pra da Eloá. Se não fossem elas, todo cuidado e os equipamentos não sei o que seria da minha filha hoje”, disse Ana.

Um cenário de esperança se faz aos pais de bebês prematuros com o cuidado especial da rede estadual. Para quem vive momentos de incerteza, apoios médico, psicológico e social é o que é preciso para contornar a situação.

“Parece que o chão sai dos nossos pés, minha filha sair respirando já foi um milagre, então o cuidado todo da equipe vem como um acalento, um abraço na alma, e tudo vai se colocando no lugar. Todos os profissionais são importantes para montar esse ambiente, não sei nem como agradecer”, afirmou Ana.

Foto: Francisco França